Nossa volta até que foi tranquila, considerando tudo que poderia ter acontecido. A tal nuvem do vulcão, continua atrapalhando e muito, todo o transporte aéreo na Europa. Nosso vôo de volta era as 11 30. Acordamos cedo, entuchamos tudo nas malinhas, mas deixamos separados os líquidos, o netbook, os celulares,

os passaportes, as passagens, o guarda chuva e algum dinheiro. Com exceção dos 2 últimos ítens, a gente tem que ter tudo isso à mão, para passar no security, além de ter que colocar na bandeja que vai passar pelo raio x, a malinha, a bolsa, o seu casaco, botas ou tênis, e o cachecol, se tiver com um. Ou seja, isso tudo já é um volume a mais, além da malinha permitida pela companhia.
Não tem como não rolar uma certa tensão.
Funciona asssim =
Os passageiros que não são da comunidade européia, mesmo fazendo o check in online, tem que se apresentar no balcçao BAG DROPP-VISA CHECK da companhia, para conferir a passagem e o passaporte. A atendente sapeca um carimbo e pronto. Só que essa simples ação pode demorar, dependendo da fila que se tem pela frente. Como vários vôos tinham sido cancelados, por causa do vulcão, imaginamos que haveria uma multidão. Para nossa surpresa, não havia ninguém, talvez pela antecedência com que chegamos ao aeroporto de Dublin.
Depois do balcão, segue o security. Outra fila se forma, e começa o streap tease. Na sua bagagem de mão, assim como no seu corpicho, não pode haver nenhum objeto cortante (nem a mais inocente tesourinha de unha, alicate de cutícula, até pinça muito fina é confiscada). No quesito líquidos, nenhuma embalagem com mais de 100 ml, e tudo deve estar dentro de um recipiente plástico selável, tipo Ziplock. Além disso, temos que tirar os calçados, o casaco, a bolsa, o netbook, o celular. Ou seja, tudo que não seja você, tem que estar nestas bandejas, enquanto você passa por um detector de metais. Dependendo do aeroporto, uma fiscal ainda faz uma revista táctil…apalpando por cima da sua roupa. Até aí, é igual para todo o mundo. Da primeira classe de companhias tradicionais até às lowcosts.
Só depois de passar no security é que se sabe qual será o portão de embarque do seu vôo lowcost. Geralmente, os quadros, onde estão os vôos e seus respectivos portões de embarque estão bem visíveis. Descubra qual é seu portão e prepare-se para andar…

Para quem vai viajar de lowcost, começa a tensão. Normalmente o portão de embarque é super longe. Anda-se muito!!! Então aconselho a passar pelo security com uma certa antecedência. Por exemplo, se o portão de embarque fecha às 11 00, faça seu security com uma hora +- de antecedência, para não ter que sair correndo, catando os líquidos e colocando sapato no meio do caminho, com o passaporte e cartão de embarque ocupando uma das mãos!
Chegando no portão, tem gente de todo o jeito. No vôo de Londres para Dublin, achei que eu era a única neurótica com as regras da companhia. Muita gente com mala e mochila, mãe com filha, carrinho, comprinhas no free shop, e ainda por cima, fazendo um lanchinho, outro com uma mala visívelmente maior do que a permitida + uma mochila. Pois todo mundo embarcou!!! Nós e a torcida do Flamengo. No stress!
Já no voo de Dublin para Londres, a tensão estava no ar. Cinco, isso mesmo, 5 funcionários da Ryanair estavam no portão de embarque. Dois, checavam o boarding pass, duas regulavam com o olhar a bagagem, e a outra, bem, a outra, conto já, já.
À nossa frente, vários pessoas começavam a se transforamar em seres mutantes. Todo mundo tentando camuflar o segundo volume, em seu próprio corpo, disfarçado debaixo do casaco, dentro das calças, por dentro do sweter. Os muito gordos levam uma certa vantagem… mas na fila, tinha homem com peito pontudo (podia ser a câmera), mulheres com ligeiros defeitos nos quadris (a bolsa), outra magrela com uma cintura avantajada (uma pochete) e euzinha, absolutamente grávida de trigêmeos ( era o netbook, a carteira e putz!!! um guarda chuva!) Ninguém merece! Tudo isso disfarçado Pois bem, a fila foi andando e pessoas foram sendo colocadas num espaço ao lado do balcão. A tal quinta elementa, era a megera que pegava as malinhas e mandava colocar no engradado. Não entrou??? Extra charge!!!

O veredito era dado rapidamente. Se a mala não escorregasse facilmente engradado adentro, era recolhida e o infeliz passageiro, deveria pagar ali mesmo, à vista, a quantia de 35 euros. Eu já estava a caminho do avião, quando vi Carol, minha filhota, cair na malha fina (ou seria mala fina?). Apavorada, “grávida´´ de um computador e de um guarda chuva, com o cachecol por cima, fui ver o que estava acontecendo. Pois a mesma malinha que viajou de Londres para Dublin pela mesma Ryanair, foi confiscada e só embarcaria, com o pagamento da módica quantia. Não entrou escorregando no tal engradado… E eu, com tudo errado, passei livre, (pouco) leve e solta. Minha malinha, nem sequer foi testada! A alça da malinha de Carol e o tecido não ajudaram na hora da descida triunfal no engradado e pimba!!!
Não adianta argumentar. Foram vários passageiros na mesma situação. Todos desconfiados que o engradado estava menor, que tudo é completamente aleatório, que um dia eles decidem ganhar dinheiro com quem pagou míseros 3 euros pela passagem. O fato é que além do tamanho exato da mala, a textura tem uma importância fatal. Um tantinho assim a mais, se você tiver que empurrar a tal mala, vai custar 35 euros ou libras. Sem choro, nem vela. Então, meu consellho é = se não tiver certeza, é melhor bookar uma mala de porão, e despachar, antes de embarcar, no site da companhia. É muito mais barato e menos estressante.

Depois disso, entubado o prejuízo, percorre-se um caminho alegre e feliz rumo ao avião. Ao ar livre, mesmo (eis aí o porquê do guarda-chuva). Nesse lindo dia, choveu graniso, enquanto esperávamos para subir as escadas que nos levariam a aeronave.

Uma vez lá dentro, você coloca sua mala no compartimento, senta em qualquer poltrona liivre, e ou se diverte, ou corta os pulsos com a faquinha que roubou do avião da companhia que serve refeições a bordo. É uma feira! Mal decolamos e os comissários começam a anunciar e vender revista, lanche, refrigerante, perfumes, raspadinha, prêmio relâmpago. Num vôo de uma hora, você nem percebe o tempo passar.
Lowcost um caso de amor e ódio! VOCÊ ama porque pode viajar e atravessar países baratinho. E odeia…porque a companhia tira dinheiro de onde pode.
Na chegada a Londres, encontramos na esteira, a espera de suas malinhas reprovadas, vários passageiros irados! Uma chinesa que estava rodando a Europa, outraa que como Carol já tinha viajado váaaaaarias vezes com a mesma mala…
Mas, como sou otimista de carteirinha, pensei… foi só a mala! poderia ter sido o vulcão! kabum!!!!
Falo mais de Dublin nos próximos posts.
Até!
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