Posts Tagged ‘carnaval em Veneza

02
out
11

Um Carnaval em Veneza

ESTE BLOG MUDOU DE ENDEREÇO:

http://www.maladerodinhaenecessaire.com

Esta pessoa que vos fala é completamente apaixonada por artes, história, fotografia. E há alguns anos atrás eu era fâ da Revista Ventura, onde eu encontrava um pouco, quase sempre muito, de tudo isso. Mas essa aí da foto, sempre foi uma espécie de tesouro (hoje a revista é vendida em sebos virtuais).  Uma foto-reportagem com as másacaras de Veneza, um lugar que ficou durante anos no meu caderninho de desejos. Quando comecei a viajar, sempre tentei encaixar Veneza, mas sempre tinha um senão. Uma hora era a Aqua alta, quando a cidade é praticamente inundada, outra hora, falta de $$$, pois Veneza é cara mesmo.

E enquanto pesquisava, li em vários blogs e reportagens, que Veneza no Carnaval era impraticável. Lotada e fedorenta. Este post é para quem como eu sonha com um Carnaval em Veneza. Pois vá e ouse! Como eu, você pode viver  momentos desses completamente mágicos e inesquecíveis. Chegar a Veneza, pela primeira vez, e ainda por cima no Carnaval, supera a mais louca das expectativas.  Das cores mais vivas das fantasias ao tom inexplicável das construções banhadas por uma luz indescritível e seu reflexo nas águas, Veneza é mesmo UM DESBUNDE! 

Carnaval de Veneza surge a partir da tradição do século XVIII onde a nobreza se disfarçava para sair e misturar-se com o povo. Desde então as máscaras são o elemento mais importante deste carnaval. Há no entanto registros de folguedos carnavalescos de 1268.

A festa carnavalesca de Veneza tem duração de 10 dias. Durante as noites realizam-se bailes em salões e as companhias conhecidas comocompagnie della calza realizam desfiles pela cidade. Entre as mais conhecidas estão Os Antigos e Os Ardentes.

 Os trajes que se usam são característicos do século XVIII, e são comuns as maschera nobile, ou seja, máscaras nobre, caretas brancas com roupa de seda negra e chapéu de três pontas. Desde 1979 foram sendo somadas outras cores aos trajes, embora as máscaras continuem a ser brancas, prateadas e douradas.

É simplesmente surreal. A cidade é um conto de fadas. E durante o carnaval, a gente tropeça em personagens que literalmente saíram dos séculos passados,  e que passeiam ao seu lado, pelas pontes, vielas  e praças, a qualquer hora do dia. É deslumbrante. E para quem sonhou ” um dia eu vou à Veneza… “, esse dia era hoje! Agooooora!

Essa foto foi tirada às 8:54 da manhã de uma terça-feira, com uma sensação térmica, devido ao vento, de uns 2 graus. E eu feito uma menininha, fiquei nervosa quando “ela” estendeu a mão para mim. De mãos dadas com um mascarado ou uma? Caramba! Eu estava em VENEZA!!!

Ok. Eu me empolgo fácil. Sou “emotivada” por natureza. Mas é mesmo muita emoção.

E se a gente quiser entrar na brincadeira, é só escolher uma ou várias das trizilhões de máscaras à venda nas barracas ou nas lojas. Algumas feitas com todo o cuidado por artesãos locais. Outras made in China.

Sinceridade? Acho que há mais máscaras para escolher do que gente para comprá-las. É muita variedade, cada uma mais linda que a outra.

Mas há a opção de ser habilmente maquiado por essas artistas, que montam mesinhas com toda a espécie de make, brilhos, lantejoulas, plumas e paetês.

A cidade é inteiramente tomada por uma espécie de sonho coletivo. Mas pelo menos nos dias em que eu estive por lá, não vi nada do que tinha lido, desabonando a cidade.

Ao contrário. Parecia tudo calmo e como num filme, surgiam aqui e ali, senhoras com chapéus e leques com plumas, cavalheiros com capas, chapéus e perucas empoadas…

Ou… o Rei Sol (Le Roi Solei).

Já à tarde, grupos se dirigem aos Bailes de Máscaras, que acontecem em lindos salões de hotéis com quintilhões de estrelas, e que provavelmente custam zinzilhões de euros para entrar.

Mas o grande trunfo de Veneza, é não precisar pagar absolutamente nada, para vê-los desfilar. Estão por toda a parte, cada qual mais orgulhoso de sua fantasia cuidadosamente preparada, e ansioso por ser admirado e fotografado.

É só ver um bolinho de gente que lá estará um mascarado sendo clicado por todos os ângulos.

São tantos detalhes e adereços… E para quem está pensando em comparar com as nossas conhecidas fantasias de escola de samba, sim, algumas lembram muito aqueles velhos concursos de fantasia “categoria luxo” dos nossos carnavais. Mas é claro que ninguém fica se sacudindo e pulando miudinho. Andam e desfilam, com “pompa e circunstância”.

O senhor à direita, está com a fantasia mais tradicional, que lembra o nobre veneziano que se misturava ao povo. Mas é  gente de todas as idades. Solitários. Casais. Famílias e grupos, todos vivendo a mesma ilusão.

As máscaras são fabricadas com uma mistura de gesso e pasta de papel, a chamada “cartapesta” . Algumas ainda levam um banho de metal e a criatividade para diferenciá-las não tem limites.

É uma folia, digamos, mais contemplativa do que agitada. E repito, pelo menos durante a semana, a cidade estava num clima de festa, mas sem nenhum tumulto ou aglomeração que me causasse algum tipo de arrependimento de estar ali durante o carnaval.

Muito pelo contrário. Uma alegria quase infantil tomou conta de todos os dias que passei por lá. É uma festa para o olhar.

Mas há também maneiras, digamos, mais acessíveis de participar. Uma túnica preta e uma máscara “menos rica”, um  adereço e voilà!

Nesse tipo de fantasia, a pessoa fica totalmente indecifrável. Não se sabe se é homem ou mulher. E como originalmente era o objetivo, se é rico ou pobre.

Chegou em Veneza, quer participar da brincadeira e não tem fantasia nem máscara? O difícil vai ser se decidir!

Nas praças e ruas há um número incalculável de ambualntes, barracas  e lojas que oferecem um sem fim de opções, desde capas a fantasias completas.

Essa máscara branca com um bico e a outra com uma protuberância abaixo do nariz, ( aqui no canto direito da foto ), chamadas ‘bauta” que junto com um chapéu de três pontas, o tricorne, um casaco comprido e uma capa preta, a tabarra, formam a mais tracidional fantasia dos Carnavais de Veneza.

Mas o colorido e a delicadeza fazem a diferença. O mais engraçado é que se por acaso a gente passa por um mascarado e não dá bola, eles meio que se insinuam e aí são vários clicks para satisfazer o ego do mascarado.

E de noite, em plena Piazza San Marco, não resistimos e entramos na brincadeira, assim, só com a máscara, como a maioria dos turistas fazem. Passeiam lindamente pela cidade, vestidos de turistas, mas usando máscara.  Não dá para resistir.

Passagem para Venza: $$ com xxxcard.  Pagar um mico em Veneza : Não tem preço!

Tem mais Veneza e Carnaval nos próximos posts… Até!

02
mar
11

É carnaval! Em Veneza!!!!!!

Sim, para completar a total loucura, estamos em Veneza e em pleno carnaval!!!!

E para chegarmos até aqui, passamos por uma noite de total  tortura (da qual falarei mais tarde), no Treni Notte de Roma para Veneza. No minuto em que entramos no famigerado trem, pensei = que roubada!!! Parecia um trem de retirantes de uma região desconhecida e a nossa cabine, uma terra de ninguém. Não havia posição nem para uma cochilo, mas as pessoas se esparramavam umas por cima das outras!  Chegamos às 5 e meia da manhã de ontem, depois de 7 hs e meia, reféns de  numa cabine para 6 pessoas, nós e 4 estranhissimas criaturas. Mas assim que o dia amanheceu e cruzamos a porta da estação Venezia St Lucia…

Mesmo sem ter dormido, numa exaustão difícil de contabilizar,  uma onda de alegria tomou conta de mim, e não sei se foi a emoção junto com o alívio de estarmos fora daquele trem… chorei!!!

Essa é a rua do nosso hotel.

Chegamos ao hotel ( aliás, fomos gentilmente conduzidas ao hotel por uma mulher a quem perguntei onde ficava a rua do hotel, e ela nos levou até a porta!) e como nosso check in só seria às onze, deixamos as malinhas e zarpamos no primeiro vaporeto,

para uma Piazza San Marco, inacrediatavelmente vazia, às 8 da manhã, mas já colorida pelo carnaval, com personagens e fantasiasl!!!

Era tudo tão surreal que eu custei a acreditar no que  estávamos vivendo!

De origem obscura, o Carnaval, carne + vale (do latim: caro, carnis = carne; vale = adeus), anuncia a chegada da Quaresma, e durante a Idade Média era comemorado em várias regiões da Europa. Acredita-se que tem raízes em festividades de celebração da primavera e nas bacanais, na Grécia antiga, ou nas saturnais, festas em honra a Saturno, na Roma antiga.

Em 1797, Veneza passou a fazer parte do Reino Lombardo-Véneto, quando Napoleão Bonaparte assinou o tratado de Campo Formio. No que diz respeito ao Carnaval, os festejos foram proibidos, sendo restabelecidos, de forma oficial, somente em 1979, após quase dois séculos de ausência. Atualmente, o Carnaval de Veneza atrai mais de 100 mil pessoas, durante 10 dias.

eu estou aqui!!!!

Nem sei  descrever a emoção e  nem tenho tempo. A internet aqui além de paga,  fica na recepção do hotel, e são 11 e meia da noite. Eu e um velhinho simpático… Logo eu, que antes de ver se o hotel tem cama, checo se tem internet!

Também não tenho palavras para descrever Veneza.  Venho tentando encaixar essa cidade desde o meu primeiro roteiro… E agora  é real!!!

Esses dias em Roma, (as fotos vão ficar para a minha já tradicional reedição de viagens) e agora em Veneza, foram tantos clicks que tive que comprar uma câmera nova… com uma só, a bateria acaba antes de mim! São cores, tons e tantas sensações, que eu quero cristalizar os momentos.  Eu não tenho a menor vocação para ser blasé! E no meu exagero, rever nas fotos o que os meus olhos viram, faz quase tudo acontecer novamente!

O que posso dizer é que a cidade é uma experiência ùnica, e vai de encontro a muitas críticas que li, e tantas descrições que falavam do mal cheiro e que desaconselhavam a vir a Veneza, principalmente durante o carnaval.  Veneza é única e surpreendente.  E em nada parece com nehuma descrição que a desabone. Um vento gelado percorre todas as ruas, ruelas, pontes e pontezinhas.  E hoje vimos que a Aqua Alta é uma  ameaça permanente (de meados de novembro a fins de abril) .

Mas a cada segundo, um beco, uma gôndola, um barco de carga, um vaporeto, um personagem da idade média, ou uma máscara… atrai seu olhar e fascina. E súbito! se apaixona por Veneza!

Aqua alta ( início, bem pouquinho, hoje de manhâ).

Mas Veneza vale cada segundo! Tchau, tá acabando meu tempo…

Então… buona notte! Até!




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