Posts Tagged ‘LOUCURAS

17
dez
09

ANDANDO E NEVANDO

Ontem acordei e como sempre fui fazer meu café. Olhei pela janela da cozinha e, em êxtase vi que estava NEVANDO !!! é o que chamam light snow, porque quando a neve cai no chão derrete.  Mas é lindo anyway.  Nos arrumamos em camadas de roupas e saímos. No caminho para o ponto de ônibus,  a coisa começou a apertar.

Nosso destino era Southwark Cathedral, é uma capela que virou, pequena e aconchegante, que visitei o ano passado às vésperas de voltarmos. Sou louca por catedrais. Tenho um pé na idade média.  Mas faz pouco tempo que compreendi que para ser uma catedral não precisa ser enorme, basta que tenha uma cátedra, que vem a ser a cadeira do bispo.  Mas essa em especial se tornou uma das mais queridas.  Inicialmente um prioradao, construída pelos Normandos, dedicada a St Mary ficou conhecida como St Mary Over the River, que virou St Mary Overie.  Ela fica ao lado da estação de metro London Bridge, mas por um acaso maluco, nos perdemos andando sob uma mistura de chuva, vento e neve. Fomos, as duas louquinhas, parar perto de Tate Modern, num dia em que até os peixes do Thames estavam batendo queixo.  Paramos para restabelecer energias com capuccinos e um delicioso wrap, que degustamos, óbvio, do lado de fora.  

Acabada a refeição, nos localizamos, com a ajuda de algumas placas e, partimos para a missão. Não era exatamente uma promessa, mas eu queria muito ir à catedral.

Continuamos meio perdidas até que demos de cara com o Bourough Marcket, cuja  a história está ligada à London Bridge, a única ponte sobre o Rio Tamisa,  até o século 18 e portanto a única ligação de Londres e o sul da Inglaterra, com a Europa continnental e seus produtos.

Considerando que saímos de casa por volta do meio dia, já estávamos andando a 4 horas e eu ainda não tinha chegado à S Cathedral.  Mas estávamos perto. Depois de virar a esquina, uma esquina de uma ruela estreita, lá estava ela!

A foto está tremida de pura emoção.

Quando entramos eu estava em estado de graça e para completar, um coro de meninos ensaiava no altar, cântigos de Natal.  Um senhorinha, com panfletos na mão veio em nossa direção, perguntando qual era a nossa língua para nos entregar a história da catedral. Essas senhorinhas, na sua mariora, cor-de-rosa, fazem parte dos Amigos ou Ajudantes da Capela. Cuidam, recebem e orientam os visitantes e são simplesmente uma delicia.  Depois desse momento totalmente emoção, tive outro. Fomos na lojinha da Igreja, comprei um chaveiro e meu segundo anjinho. No caixa, duas senhorinhas, uma delas beeeem senhorinha, com óculos grandes, mãos magrinhas, articulações dos dedos daquele jeito bem vovó… As duas tentavam se entender com aquela máquina estranha – o computador – Uma demora inevitável entra a escolha dos suvenirs e o pagamento. Mas eu nem liguei, ao contrário, tive ímpetos de pular o balcão e abraçar a senhorinha.

Cumprida esta tarefa, tínhamos que comprar nossas passagens para York. Vamos de ônibus, mas tinham nos garantido que vendiam em Kings Cross, estação de trens que partem para toda a Inglaterra, ao lado de St Pancras. estação de trens internacionais, como o Eurostar. Lógico que não vende passagens de ônibus na estação de trem, mas mais uma vez eu nem liguei. Um outro coral se apresentava na estação e deixamos o recinto ao som de We Wish You a Merry Christmas and Haappy New Year! lálálá lálá.

Metro lotadaço, em pleno rush londrino pré natal. Eu fui entrada no vagão pela multidão e acho que meus pezinhos nem tocaram o chão. 2 estações, Victoria Station, literalmente a mais apinhada de gente da face da terra. Andamos até Victoria Coach, compramos as passagens e para a surpresa (e desespero) de Carol, eu ainda tava afim de ir a Oxford Street comprar o tripé maleável para minha câmera, pois com ele, podemos tirar fotos de nós tres juntos. Simplesmente não posso mais viver sem isso!!!

Saímos na Oxford  Circus, eternamente congestionada, mas neste período é especialmente entupida de gente. Atravessamos o tal cruzamento japones, que é mega engraçado, porque as pessoas ficam dançando para não se baterem de frente e enfim, chegamos à loja.

É lógico que o que a gente quer, está sempre no último andar. No caso da John Lewis, no 6 andar. Graças a Deus o mais vazio. Achamos o tripod rapidinho saimos e eu completamente surtada, ainda quiz passar na Primark para dar uma checada se tinha um casaco de nylon, que não deixa passar chuva, nem frio, nem neve, do meu tamanho, já que na véspera, tinha ficado com isso no meu cérebro.  Vimos casacos semelhantes, mais curtos, mais ou menos peludos e muito mais caros. Então eu queria aquele. Essa loja é uma mistura de C&A com Leader, só que com preços ridículos.  No meio de uma arara, com uns cinquenta casacos  achei o único do meu tamanho. Pronto! felicidade total. Não fosse algo incomodando no meu calcanhar, iria inventar mais alguma coisa para fazer.  Mas ao chegar no ponto do ònibus, pânico total! Eu simplesmente não podia tocar no meu calcanhar. Bom, daí por diante, foi pura mentalização.  Eu vou conseguir chegar em casa!! Mas…ainda passamos no Tesco e euzinha quase pedi para ser levada para casa num dos carrinhos.

Chegamos em casa e ao tirar a bota (nova, daquelas que tem pelúcia dentro) descobri que o solado da dita cuja, é praticamente um engradado, formado por losangos de um material duro.  8 horas de caminhada+ bota nova? um calombo no calcanhar… Mas nada como uma caminha quentinha um pouco de juizo e um dia em casa para renovar as energias. Amanhã tem mais.

16
dez
09

bota de rodinha é necessária

Parece trocadilho, mas tem sua razão d ser.

Já é dia 16 de dezembro.  Portanto, essa foto foi tirada ontem, mais ou menos às 11 e qualquer coisa.  Hoje (ontem)  foi o típico dia  surtadíssimo, yes we can!  Yes! Podemos sair de casa maquiadas, cheirosas, andar kilômetros, pegar ônibus, metro, entrar e sair de lojas, tomar capuccinos, rir de doer a barriga, atender celulares no meio da rua,  andar mais, tomar outro ônibus, resolver saltar no meio do caminho, entrar em  + 20 lojas, só para dar  uma espiadinha, entar na Primark, passar horas lá dentro, surtar total e voltar para casa, ainda cheirosas e maquiadas.

Apesar de todo o desapego, preciso confessar! Não há a menor hipótese de não se adquirir – algo. Para os mais empolgados, um sábio conselho… tomem um ansiolítico antes de aterrissarem no paraíso das vitrines. Começa em Picadilly Circus, Regent Street e culmina em Oxford Street, precisamente em Marble Arch. (Depois explico, detalhadamente com fotos).

Decoração + canções natalinas + um friozinho + preços inacreditáveis (mesmo para o mercado mais popular de South Big Fild of Nowhere) = surto total.  Sintomas como visão turva, tremor, boca seca e carteiras absolutamente autônomas, que saltam da bolsa independentes da sua vontade – procure imediatamente um mosteiro tibetano.  Mas nunca, em hipótese alguma, gaste um poud sequer, antes de chegar à Primark ou você pode se arrepender amargamente e, o que é pior, em libras. Por que? Porquê é super inacreditavelmente barato! Óbvio, rola um garimpo, mas além de ter de tudo, no meio desse tudo tem coisas mega legais, que entram em qualquer look, do bébé ao sogro, da casa bonitinha ao momento mais tórrido e zenzual. Traduzinhdo, é uma espécie de delírio, onde …...YES WE CAN! Sim, de uma tacada só, dá para comprar uma bota, um casaco, um cachecol, maquiagem, lingerie, roupa de cama, bijuteria, bolsa, roupa para o verâo que vem…. inclusive, uma nova mala, caso você desista total de viajar.  Não é o meu caso.  Mas que é por sua conta e risco.

Mas se no meio desse fuzuê todo, rolar um tédio, existe a opção de se adquirir pela bagatela de 400 libras, uma mini mesa de ping pong ou de bilhar.

Mini mesmo. Agora me conta quem é que tem como sonho de consumo esses games aí? Imagina a emoçâo da partida de pingpong!

Agora bateu exaustão…

10
dez
09

COMPLETAMENTE ENLOUQUECIDA

08
dez
09

MUDANÇAS PARA 2010 UM ANO DOURADO

Antecipando mudanças de Ano Novo e a comemoração de um ano do blog, mudei o nome e o lugar do mesmo. Motivos não me faltaram. Primeiro que como o blog é uma coisa dinâmica, ao longo desse ano, fui percebendo que queria mais do que  falar sobre as viagens. Às vezes pensava num post, mas me perguntava o que é que isso tem a haver com o tema do blog? Segundo, que este humilde blog, não foi criado para ser um sucesso retumbante de acessos e sim uma espécie de email coletivo para amigos verem alagumas fotos e comentários sobre o que eu estava vendo e sentindo. Durante esse ano, tive muitos comentários por email, uma fiel seguidora e alguns anônimos. Dentre esses um dizia que A PRÓXIMA VIAGEM era plágiil e que já existiam além de uma revista com esse nome, um outro site ou blog sei lá… Falta do que fazer do anônimo. Mas ontem, dei com uma notícia que me chamou atenção. Um inocente blogueiro está sendo processado, pois deixou por dezesseis dias, um comentário anônimo que segundo quem o está processando era ofensivo. Leia http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1394447-16020,00-BLOGUEIRO+E+CONDENADO+A+PAGAR+R+MIL+POR+COMENTARIO+ANONIMO.html

Bom, euzinha não quero a essa altura ser condenada por um inocente blog, então, aproveitando a deixa e a vontade de expandir horizontes, mudei….eu mudo mesmo, sem o menor pudor…Mudo de operdora de celular, de email, de estado civil, então, mudar de blog é pinto. Importei todos os posts e pronto, casa nova.
Porque MALA DE RODINHA E NÉCESSAIRE? Porque eu posso colocar o que eu quiser dentro!!!  Liberdade total para 2010.

27
jan
09

ROUEN, uma visão

Abatiale de Saint-Ouen Rouen França

Faltam poucos dias para voltarmos ao Brasil. Devo confessar que vai ser difícil me despedir de Londres e de tudo que vivemos aqui. Reunir nossa pequena família, foi um sonho. Abraços coletivos, muitas gargalhadas, muita união.
Londres será um capítulo enorme neste blog, quando voltar ao Brasil. Assim, poderei amenizar as saudades que vou sentir.

Mas antes, preciso falar de Rouen. Capital da Normandia, ao norte da França, fica a uma hora de trem de Paris, partindo da Gare Montparnasse. Nosso passeio foi de um dia. Saímos de casa, no 18éme, Paris, metrô para a Gare Montparnasse e de lá pega-se um trem. Em uma hora você está em Rouen. Simples assim.

Uma cidade que também preservou seu passado sem parar no tempo.

Nossa chegada foi um tanto traumatizante. Chegamos por volta do meio dia e, chovia torrencialmente. Uma chuva dessas de lado, acompanhada de um frio absurdo e de um vento que transformava as gotas de chuva em giletes. Saindo da estação de trem, pode-se ver a torre gótica da Abbatiale e fomos nos guiando por ela, para chegar ao centro histórico. Entramos numa rua estreita e logo de cara pensei: cidade fantasma! Não havia mais de duas pessoas na rua, em pleno dia de semana. Carol olhou para mim meio em pânico, pois tínhamos comprado a passagem de volta para as sete da noite, o que nos deixaria debaixo de chuva e frio ( e tédio ) por sete horas. No caminho para a enorme Abbatiale, vimos umas três Pompes Funèbres ( casa funerária )! em silêncio, imaginei…morre-se muito em Rouen!!! (De tédio, talvez). Continuamos nossa caminhada e ao contornarmos a construção colossal, descobrimos que só poderíamos visitar seu interior, às duas e meia da tarde. Percebi no olhar de minha filhota o  pânico se agigantando…eu, mantendo meu espírito aventureiro, mesmo com as mãos congeladas, resolvi preencher esse gap de tempo deglutindo nosso delicioso sanduíche e, procurando um lugar quentinho para tomarmos um café. Foi então que descobrimos que do meio dia às duas da tarde, a cidade, as lojas, os bares, as igrejas, o comércio em geral simplesmente fecha as portas, daí a impressão assustadora ( e completamente errônea ) de cidade fantasma.
Conseguimos encontrar um pequeno café, bem típico, com as paredes em madeira, onde havia vida inteligente, pessoas falando e um casal de meia idade sorridente, preparava sanduíches e cafés. Como já tínhamos comido o nosso, pedimos um capuccino, que seria bebido lentamente…até a abertura da catedral. Nesse breve aconchego, decidimos que veríamos os monumentos e bateríamos em retirada de volta a Paris, mesmo que tivéssemos que comprar outras passagens.

As duas e vinte e cinco, voltamos à Abbatiale. Na porta lateral, só dois homens, também esperavam pela abertura do enorme portão. Duas e meia em ponto, uma jovem entreabriu a porta e nos deixou entrar. O frio de rachar, não diminuiu dentro, mas a visão aquece qualquer um, que como eu, é apaixonada pelo estilo gótico e pela Idade Média.

Ao contrário da maioria das catedrais, esta abbatiale, tem pouquíssimo bancos, o que nos faz sentir que somos ainda menores, dentro uma construção de 134 metros de altura. Foi um momento mágico, desses de tirar o fôlego.

Só que eu, até entrar , estava completamente confundida, achando que aquela era a Catedral de Notre Dame de Rouen, famosa entre outras razões, por ter sido pintada por Claude Monet em diversas horas do dia…O quadro de Monet, Impressions , soleil lévant, deu origem ao termo impressionismo. Mas a Abbatiale me impressionou de tal maneira, que mesmo sob cuva de canivete, eu queria ver de perto a Catedral e le Gros Horloge.  Conseguimos na recepeção, um mapa de Rouen. Negociei com Carol de irmos aos dois principais pontos e seguiríamos para a estação.Procurando a rua do Grande Relógio, nos deparamos com uma cidade viva, carros pelas ruas e um centro de comércio bem agitado. com todas as lojas respeitando a fachada histórica. E no meio desse centro, de uma ruinha torta, nos deparamos com a Catedral de Notre Dame de Rouen.

Imagine estar diante dela. Começou a ser construída no século XII. conforme os séculos passaram, o estilo gótico foi também se modificando até chegar ao Gothique flamboyant, do qual esta fachada é um exemplo.

Nosso passeio, que começou quase em desespero, foi uma surpresa atrás da outra. Um dia desses de êxtase visuais. Voltamos para Paris, no trem cujas passagens já estavam compradas, literalmente exaustas, depois de 7 horas andando e nos maravilhando.

02
jan
09

HAPPY NEW YEAR !!!!!

Chegamos em Trafalgar Square por volta das 3 e meia da tarde. Muitos turistas disputando espaço para uma foto, muita gente, muitos idiomas e muito frio!

Me dei conta que tínhamos chegado muito cedo e que teríamos que preencher esse tempo com alguma atividade. Guardas por toda a parte, grades, e os luminosos mostrando como voltar pra casa e desejando um 2009 maravilhoso.


Fomos passear um pouco, e testar nossas roupas térmicas. Continuavamos nos gabando de estarmos aquecidas e preparadas para o evento. Chegando ao Big Ben, checamos os melhores lugares, a melhor vista, e nos decidimos por ficar na margem em frente, pois na Westminster Bridge, o vento era de cortar orelhas e gangrenar as mãos, muito antes do ano chegar.


Um pulinho em County Hall, banheiro no Mac Donalds (o ultimo xixi do ano!) e as 5 horas da tarde, nos posicionamos em primeiro lugar, junto a grade em frente ao Thames, como se fosse absolutamente normal, esperar em pé, por sete horas!!! um evento que temos em frente à nossa casa no Brasil.
Tudo muito calmo, organizado, sem empurra-empurra, centenas de guardas, crowd safetys, motociclistas, banheiros quimicos, e muita gente chegando. Sortudos que teriam a oportunidade de estar ali, pois assim que estivesse rasoavelmente lotado, os guardas fechariam a chamada “viewing area” e absolutamente ninguém poderia entrar.

As 6 da tarde, que aqui ja é noite fechada, pensei em comprar um café, mas desisti vendo a aglomeração na Westmisnter Bridge e imaginei minnha filhota perdida sem mim. Voltei imediatamente ao meu posto, e mesmo faltando 6 horas para o grande momento, continuei achando que era normal.
Uma moça ao nosso lado, animadíssima, se apresentou. Uma brasileira que reside fora de  Londres desde 2003, nos contou com os olhos brilhando que todos os anos está la sem falta. Este ano, nenhum amigo quis ir, e ela, mesmo sozinha, estava lá. Nos disse que seriam 10 minutos de puro êxtase, e que estávamos no melhor lugar, pois dalí poderimos ver o show de luzes durante a contagem regressiva.
Não posso descrever com riqueza de detalhes, 6 horas de espera, vendo a multidão chegar, debaixo de um frio de 0 grau, sensação térmica de – 5 devido ao vento gelado do Tâmisa. Cada badalada do Big Ben eu dizia: Faltam menos 15 minutos…  para quê mesmo?


Devo confessar que foi a animacão e o papo descontraído e encorajador com a moça que nos envolveu numa espécie de torpor e fez o tempo passar sem que desistíssimos.  O total congelamento do cérebro,  impossibilita que voce tome a decisão mais lógica (sair correndoooo)  e permaneça durante 6 horas vendo London Eye trocar de cor, numa especie de aquecimento para o grande momento. É lindo mesmo, mas pensando bem, é uma loucura, aquela gente toda, congelando, durante horas pra ver dez minutos de foguetório. Pura lobotomia!!!

às oito da noite, começou a música com uma seleção comandada pelo DJ da BBC.

-Hello London!!!!! Guess what? Let’s Have some fun!!!!

A moça ao nosso lado, disse que este ano estava muito mais legal, pois agora tinha música. Imagina sem???

A esta altura, meus pés se despediram do meu corpo e o patch que deveria aquecer em contato com o ar, virou uma pedra gelada entre a bota e as três meias que desapareceram com o frio, que até mesmo a BBC classificou de “freezing”. Eu…. portava um gorro do meu genro, o que me transformou numa espécie de mano, desses que cantam RAP em São Paulo. Nos sacudíamos ao som da música, pra retomar a circulação perdida. Inventei uma danca meio aborígene, com passos desconexos, mas eficaz contra o total congelamento e uma possivel tragédia. No pouco espaço que tínhamos, era tudo que podíamos fazer.

10 horas da noite. Neste momento, voce não pode fazer mais nada. Não há como desistir. É melhor se animar, sendo a primeira da fila de camadas de pessoas, que terá a melhor visão do espetáculo e continuar a se sacudir. Afinal só faltam duas horas. Para quê  mesmo???
Comemos nosso sanduiche de salmão, que apesar da aparência assustadora, estava geladinho e uma delícia! Revigorante. Mas nada de liquidos. Apenas uma leve umedecida nos lábios…  se não, pode ocorrer o maior terror da festa: vontade de ir ao banheiro.

Enfim 11 horas. A multidão ja estava toda lá. Italianos, búlgaros, holandeses, portugueses, dinamarqueses,  a europa inteira. E lógico!!! Brasileiros cantando o hino do Flamengo. Ninguém merece!
11:50
Finalmente, começa algum movimento, e uma música hipnótica começa a tocar sincronizada com um show de luzes que deslizam pela roda. Numa espécie de catalepsia coletiva, comeca a contagem regressiva e todas a vozes chegam ao zero. As doze badaladas do Big Ben soam…
Um show maravilhoso de fogos espoca e durante 10 minutos sucumbimos ao êxtase. A roda se transforma numa visão, num olho luminoso e incandescente.

Quando tudo termina, me surpreendo comigo mesma. Ainda existe vida inteligente, e finalmente quando começamos a nos movimentar para ir embora, me dou conta que estou estranhamente viva. A circulacão volta e preciso andar, encontrar forcas e um meio de transporte para voltar para casa. Restos de todo o tipo de alimentação e bebida alcoólica pelo chão. Pessoas em estado lastimável deitadas ou amparadas por amigos igualmente bêbados. Guardas sorridentes indicando o caminho para um possível retorno ao lar. E você deseja ardentemente que um dispositivo de teletransporte opere um milagre. Quilômetros a frente, descobrimos um ponto de ônibus que vai para algum lugar. Pura ilusão, desce do ônibus e anda mais um pouco…  só mais um pouco. Metrô finalmente!!! Mais duas conexões e mais um ônibus estamos em casa!!!

LONDON EYE NEW YEAR’S EVE!
Um ritual tribal coletivo de superaçâo e persistência.
Uma experiência inesquecivel. Valeu a pena? Valeu!!!!
Para quê mesmo????




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