Arquivo para setembro \27\-03:00 2010

27
set
10

Atendendo a pedidos: reflexões sobre a mala (e o que vai dentro dela)

ESTE BLOG MUDOU DE ENDEREÇO:

http://www.maladerodinhaenecessaire.com/

Vou aproveitar esse post, para agradecer todas as visitas, as comentaristas queridas,  e aos que chegam aqui “de para-quedas” e acabam acompanhando.  Adoro quando vou dar uma espiada nas estatísticas do blog, e dou de cara com um pontinho vermelho, o que quer dizer que chegou gente nova no pedaço.  Nesta mesma página, a das estatísticas, também dá para saber os posts mais acessados e os termos que usaram para chegar aqui. Invariavelmente, e talvez porque sempre falo sobre isso,  a mala está disparado em primeiro lugar. Seja o tamanho, as medidas ou o que levar dentro dela. Além de e-mails me pedindo uma listinha básica. E ontem recebi esse comentário:

Amei o seu Blog, confesso que ele tem me ajudado muito. Vou viajar agora em outubro dia 2 para ser mais precisa, para 3 paises: Portugal, Espanha e Itália. Estou super preocupada pois vou passar 20 dias com uma mala de 10 kg apenas. Eu tinha achado onde vc escreveu sobre o que levar em uma mala de 10 kg, nao anotei. Procurei novamente mas ao encontrei. Poderia me ajudar? É a primeira vez que viajo para a Europa e com uma mala de 10 kg…rsrsrsrs. Lá agora é inicio do outono, mas ta muitooo frio? Tinha pensado em levar 2 casacos apenas. Agradeço desde já pela ajuda e algumas dicas se possivel, principalmente de Barcelona e Madrid. Vou ficar sozinha nessas cidades. Abraços Renata Penido

Já falei sobre isso algumas vezes mas já que a procura é grande, não custa repetir e atualizar.  Mala é muito pessoal e sempre depende de muitos detalhes para a fórmula perfeita.  Falo sempre sobre minha experiência:  orçamento apertado e meu objetivo principal é  de conhecer os lugares, sem muito desfile de moda e sem comprar (quase) nada.  E sim! Sair do Brasil, só com uma malinha pequenininha, com o mínimo do mínimo,  é um desafio que no meu caso, virou aprendizado.  Dá para ser feliz com muito pouco.  E por que uma mala tão pequeninnha? São vários motivos:

1)  Independência: É a gente mesmo que leva a mala para o avião, coloca e tira  do bagageiro. Não precisa de ninguém de boa vontade para te ajudar. Não precisa ficar esperando a dita cuja nas esteiras dos aeroportos. E se seu quarto no alberque/hotel ficar no 5º andar? Já imaginou?

2) Economia: Se você consegue carregar (e conduzir) sua bagagem, não vai precisar de táxi para sair ou chegar aos aeroportos, e pode pegar qualquer meio de transporte, onde estiver. Além disso, as companhias aéreas de baixo custo, cobram uma fortuna pelas malas de porão. Na Ryanair por exemplo, uma mala de até 15 kilos, custa 15 (euros ou libras) se reservar antes de viajar, e 35 no aeroporto. Se levar uma segunda mala de porão, 25 (on line) e 40 no aeroporto. E incríveis 10 euros ou libras por cada kilo que exceder. Essas taxas variam de cia para cia, mas é regra cobrar por bagagem de porão em todas. Portanto, se a viagem tiver vários deslocamentos, uma mala maior, vai virar uma facada no orçamento. Então, se pretende pegar um vôo de uma dessas companhias, economizando na bagagem, atenção às medidas: Cada passageiro  pode transportar um volume (no total) como bagagem de mão (isento de taxas). Este não deve pesar mais de 10 Kg, nem exceder a dimensão de 55cm x 40cm x 20cm.  E tudo tem que estar dentro desse volume. câmera, laptop, bolsa, compras no freeshop…

3) Mobilidade: Poder se locomover facilmente é super importante. Liberdade de poder andar por onde quizer:  pelas estações de metrô,  nas escadas rolantes (quase sempre cheias), pegar ônibus urbanos, etc. Nas estações de trem, fica mais fácil correr para pegar o seu  e subir a mala no vagão. Além disso, uma malinha entra em todos os lugares, se precisar fazer hora para pegar seu transporte; restaurantes, lojas, lanchonete… Enfim, fica tudo mais fácil!

Agora, para tentar responder à Renata, o desafio. O que levar? Eu tenho um kit básico, quase pronto no armário. Se pintar uma viagem para amanhã,  ele pula dentro da mala. Outra questão, é que se um vôo low cost está nos planos, nem bolsa se pode levar.  Mas onde colocar celular, carteira, passaporte e a passagem? Primeiro, eu comprei um porta-passaporte/doleira, que fica pendurado no pescoço.  Eu confesso. Já apelei para uma pochete, sem o menor pudor. Depois comprei uma microbolsa à tiracolo, e por fim terminei com uma, um pouco maior, mas facilmente “desfarçável” com o casaco ou por debaixo da roupa. Outra solução, para a bolsa, é comprar uma bolsa maleável, sem estrutura, que se possa levar dentro da mala, sem fazer volume, e quando chegar no seu destino, pode usar sem problemas.

Meu kit básico (seja qual for a estação):

1) blusa e calça térmica : É o curinga da bagabem. Se esfriar, é só colocar por baixo da roupa, ocupa pouco espaço, fácil de lavar no banho, seca rápido. Se não estiver frio, serve como pijama. Se for para um lugar muito frio, um segundo conjunto será bem vindo, dá para colocar um por cima do outro.

2) 2 calças jeans (lá se chama jegging, pois não tem zíper, mais confortáveis, mas são iguais ao jeans). Uma calça vai no corpo.

3) 2 pashiminas – ocupa menos lugar que cahecol, pode ser usada como xale, para aquele ventinho/friosinho, e mesno no verão é útil para lugares com o ar condicionado nas alturas.

4) 1 par de sandálias de borracha  para tomar banho em banheiro coletivo no caso de se hospedar em albergues (pode ser aquela de salão de beleza mesmo, se for inverno ou havaianas, se for verão, pois dá para passear com elas)

5) 1 toalha super absorvente (vende em loja de artigos esportivos)

6) 2 pares de meia – também absorventes, evitam aquela humidade nos pés e secam rápido.

7) 1 bolsinha de nylon, dessas que se dobram e ficam pequenininhas (serve para compras no supermercado, para levar a muda de roupa para o banheiro do hostel, etc) e um peignoir  de seda ou outro tecido fininho(roupão, ocupa muito espaço).

8) porta passaporte/dinheiro (desses de pendurar no pescoço)

9)1 porta maquiagem e 1 porta garrafinhas de 100ml (para levar no avião, nenhum líquido, pasta, gel ou creme pode ter mais de 100ml e deve estar tudo numa embalagem transparente, lacrável) . Nesta bolsinha devem estar: desodorante, shampoo e condicionador, pasta de dente, hidratante, creme para o rosto, colírio e descongestionante.

10) 1 adaptador de tomadas

11) remédios (em alguns lugares, não é fácil comprar os mais comuns)

tylenol, sal de fruta, colírio, relaxante muscular, descongestionante, remédios de uso quotidiano

12) lenços demaquilantes

13) 1 travesseiro de bordo (daqueles que a gente enche e esvasia).

14) celular, netbook, câmera e respectivos carregadores.

Isso tudo é para todas as viagens (dois dias ou dois meses). Agora, o que muda com a época / clima?

Primavera- Verão (Europa)

Como eu já disse, minha listinha é para conhecer e andar pelas cidades/lugares. Raramente faço alguma coisa chic, que demande um traje mais elegante.  Além disso, a gente sempre acha que na Europa todo mundo anda como se estivesse num desfile de modas. Não é assim. A grande maioria, e principalmente os viajantes, se vestem na maior simplicidade, dando prioridade ao conforto. Nas cidades, idem. São trabalhadores, estudantes, gente normal. Quanto às estações, cada cidade  tem um clima, embora estejam na mesma estação. Então se vamos visitar muitas cidades, temos que estar mais ou menos preparados para várias temperaturas. No geral, no verão, variam de 40 (Espanha, Portugal, Grécia, etc) à 10 quando chega a tardinha. Nessa última viagem, em plena primavera, saímos de Barcelona com 20 e poucos graus, e chegamos a Edimburgo com menos de 10. Dessa forma, um casaco é fundamental, assim como camisetas com e sem mangas. Eu levei:

1) duas camisetas

2) um casaco de malha fino

3) um casaco tipo manteau mais quente

4) uma blusa comprida, de manga comprida, mais quentinha.

5) um tênis ( que ficou o tempo todo no pé)

6) um par de luvas

(durante a viagem, comprei um xale e um cachecol, que variaram o visual)

Outono – inverno

Varia muito mais de cidade para cidade. Por exemplo, hoje em Londres está fazendo 15 graus e a previsão é de 11 para a noite. Já em Madri, está 23 com previsão de 10 para a noite. Conclusão: Casaco, sempre! Principalmente se vai se locomover muito durante a viagem. Por isso, também sempre levo as roupas térmicas. O que eu levo:

1) uma camiseta de malha

2) duas blusas quentes de gola alta

3) uma bota super confortável com uma superpalmilha fofinha (que normalmente vai no pé)

4) um casaco, normalmente uma doudoune ou filled coat (casaco de nylon), que é mais fácil encontrar por lá. É mais barato também.


A vantegem desse tipo de casaco é que ele é impermeável. Não deixa o vento passar e protege na hora daquelas chuvas inesperadas. Dependendo do que se põe por baixo, esquenta mais ou menos.

Nécessaire:

É praticamente a bolsinha que a gente mostra no security.

Hidratante para o rosto e corpo

Protetor solar

Lipbalm

Batom

Blush

Lápis de olho

Sombra

Desodorante

Shampoo e condicionador.

Se alguém tiver mais alguma dúvida, escreva e compartilhe!

Até.

21
set
10

Estocolmo, para ver e passear ou para comprar

Gamlastam

Já me perguntaram quantos dias são necessários para conhecer Estocolmo.  É muito particular! Por mim, eu passaria uma semana em cada cidade da Europa. Pois é no terceiro dia que a gente se sente meio local, e começa a entender e se sentir parte do lugar.  Por outro lado,  se me derem um único mísero dia, eu aceito feliz da vida, em qualquer cidade. Pois esse dia jamais vai sair da memória.

Nesse último dia, tudo que fizemos, já influenciados pelo nosso próximo destino (Paris) foi andar.

Começamos perto do hostel mesmo com um almoço de revista de gastronomia.

É difícil escolher entre tantos bares e restaurantes. Cada um tem um charme diferente do outro. Mas pelo preço, esta salada foi perfeita! E alimentados, fomos andar, sem rumo definido. Então fotos falam mais …

elevador Katarina

BIBLIOTEKSGATAN rua de compras

Por razões óbvias,  meu barato não é fazer compras. Tá! Uma bolsinha ali, uma écharpe acolá. Mas se um único cachecol, pode fazer a diferença entre viajar com a mala na cabine ou  ter que despachá-la por 15 dinheiros, fica tudo na vontade mesmo. Mas se a viagem não for tão low assim, olha a listinha:

ÅHLENS Klarabergsgatan 50, Estocolmo. Loja de departamentos. No rés do chão encontra produtos de beleza e livros, por cima há moda, tecidos, etc. No último andar, há um spa e uma cafeteria onde poderá relaxar. Pode encontrar um grande supermercado na cave.

BIBLIOTEKSGATAN Esta rua é a nossa resposta à Quinta Avenida em Nova Iorque e é uma das ruas de compras mais em voga em Estocolmo. Roupas exclusivas, jóias, peles e relógios à venda para quem não se preocupa em abrir os cordões à bolsa. Caso contrário, recomendamos que veja as montras, onde encontrará imensas coisas lindas com que sonhar.

BIRGER JARLSPASSAGEN Birger Jarlsgatan 9 / Smålandsgatan 10, Estocolmo. Uma magnífica galeria com várias lojas agradáveis, restaurantes e cafés.

DROTTNINGGATAN Esta antiga rua real conduz directamente do Palácio Real até ao Observatorielunden. É rodeada por inúmeras lojas, tanto pequenas como grandes. A rua é tambem muito popular entre os vendedores ambulantes, que vendem de tudo desde panos do pó até arte africana.

GALLERIAN Hamngatan 37, Estocolmo. O primeiro centro comercial de Estocolmo foi recentemente renovado e oferece mais de 60 lojas, restaurantes e cafetarias em dois andares.

GAMLA STAN A Cidade Antiga bem poderia ser chamada o maior centro comercial de Estocolmo. Ao longo da rua Västerlånggatan há pequenas lojas e restaurantes apertados uns contra os outros. Armadilha turística? Bem, alguns serão, mas a maioria são divertidos, curiosos e diferentes. Descubra os caminhos entre as vielas estreitas para explorar e coleccionar plantas! Österlånggatan tem uma vasta selecção de trabalhos especialmente artísticos – e lojas de tecidos.

GÖTGATSBACKEN Götgatan, Estocolmo. Götgatsbacken não são apenas bares e cafés. Também oferece uma rica e variada selecção de lojas pequenas e intimistas que oferecem uma variedade de artigos fora do comum. Muitas lojas de design estão aqui localizadas, por exemplo a Tiogruppen, Ordning & Reda e Designtorget. Os recém chegados são a pequena mas muito interessante galleria Bruno com entre outros, Filippa K, Energie, Whyred e Miss Sixty. A ultima novidade em Götgatan é Skrapan. É o antigo edifício dos impostos que foi transformado em campus e num centro comercial no rés do chão. Aqui pode encontrar 30 lojas diferentes e também restaurantes, cefés e ginásios.

GÖTGATSBACKEN Esta pequena rua residencial tornou-se no destino de designers como Nitty Gritty, APC, Fred Perry e Carhartt. Needy Greedy é uma divertida loja de artigos em segunda mão.

NK Hamngatan 18-20, Estocolmo. O lugar número 1 para fazer compras! Actualmente a antiga loja de departamantos acomoda muitas lojas exclusivas de diferentes marcas. São servidos pratos deliciosos no Restaurante Boberg, e a livraria oferece excelente cultura em grande variedade.

PUB Drottninggatan / Hötorget, Estocolmo. O antigo Paul U. Bergström onde Greta Garbo costumava trabalhar como modelo, é agora um centro comercial de estilo em seis andares com diferentes temas em cada andar.

PUCKELN Hornsgatan, Estocolmo. Centro para galerias e obras de arte. Em boas e antigas casas, galerias e work-shops, mostram e vendem trabalhos de arte de diferentes estilos. A tradição mistura-se com o design moderno.

SOFO Este local com um nome imitando o do bairro londrino de SoHo, é o bairro situado a sul de Folkungatan. Os locais de interesse situam-se entre Folkungatan, Götgatan, Renstiernas gata e Skånegatan, e foi invadido por conhecidas lojas de design e pequenas lojas interessantes, restaurantes e bares agradáveis. Descontraído, na moda e muito actual. Bondegatan é também um um hot spot com o divertido Tjallamalla, o elegante Fifth Avenue Shoe Repair, o Cocktail de Luxo kitsch inferno e os artigos em segunda mão de Lisa Larsson.

STOCKHOLM QUALITY OUTLET Estocolmo-Barkarby. O maior outlet de fábrica da Escandinávia. Mais de 60 lojas vendem mais de 100 marcas de moda, design de interiores e desporto. Os preços são 30% a 60% mais baixos que na baixa de Estocolmo.

STUREGALLERIAN Stureplan, Estocolmo. Ruas cobertas no continente e praças rodeadas de lojas, restaurantes e cefeterias. Sturegallerian é uma agradável mistura de lojas de marca e pequenas boutiques. Para as dores nos pés recomendamos o clube de saúde Sturebadet.

Mas voltando ao mundo real, a cidade “nova” vale uma caminhada.

Imagine um “centro” de cidade, comércio bombando,  e… floreiras, fontes, e lugares para desfrutar de um intervalinho no corre-corre.

E de volta à cidade antiga, o Parlamento, toma conta da paisagem.

E outras paisagens se descortinam.

E assim, com a noite chegando, chegavam também os momentos finais da primeira visita a Estocolmo. Sim, primeira, porque é certo que eu vou voltar e tenho planos de ir para Helsink de barco.

Mas por hora, estávamos mesmo nos despedindo.  Nessa época, o país todo estava ainda na expectativa do casamento da princesa Vitória da Suécia com um plebeu. Eram centenas de lembranças, de bandejas a aparelhos de jantar, moedas, botons…

Ah, tem lugares que passamos  e não fotografei e lugares que eu fotografei e não falei. Então, ai vai uma outra listinha, do que há (não necessariamente obrigatório) para ver :

E o mapa

Estocolmo foi sem dúvida, um momento mágico. Nos próximos posts…  Paris. Ooh lálá!

17
set
10

Ainda nos entretantos!

Estava separando as fotos de Estocolmo, mas meu estado de humor, me impediu de prosseguir.

Hoje eu decidi que vou dar um tempo na saga Pintando meu apartamento (parte 1).  Faltam 1 quarto e o hall de entrada, e pequenos detalhes mas definitivamente eu preciso de um tempo! Mais uma semana e eu vou acabar chamando Cleber e Everaldo para o amigo oculto do Natal ou pior! posso sentir saudades quando estiver viajando! Até porque, eles são bonzinhos e fazem tudo que eu peço. Acho que rolou um apego e eles não querem ir embora.

Além do quê,  estou completamente intoxicada pelo cheiro de tinta, tenho dores de cabeça ininterruptas e me peguei rangendo os dentes! Ok! Pode ser o ápice da minha abstinência de nicotina e cafeína, aliada a uma dieta de coelho da Alice (quilos de alface de todos os tipos) na tentativa de evitar engordar 300 kilos.  Ah  sim, tem o tratamento dental… Sem falar na campanha eleitoral que por si só, já deixa qualquer brasileiro de estômago embrulhado. E por que justamente agora eu entrei numas de pintar um apartamento deste tamanho? Não tenho a menor idéia. Eu sei é que essa combinação de fatores, está me deixando histérica e qualquer desculpa me faz sair de casa. Ontem por exemplo, estava fresquinho, e eu adorei ir ao centro da cidade comprar —- canaletas!  Voltei a pé! Também estou apelando para fila de banco, fila de self service, consultórios em geral. Tudo no ar condicionado.

Para me distrair, resolvi entender o Twitter. A princípio, é em desconexo. É uma psicanálise de grupo, sem psiquiatra, intercalada de anúncios de empresas que demonstram uma intimidade louca com todo mundo. Mas serve por exemplo, para fazer uma pergunta e receber uma resposta rápida. Então   @maladerodinha está twitando, e seguindo tudo que diz respeito a viagens e viajantes.

Enquanto escrevo, Cleber, dono de uma voz grave e alta, (poderia ser um cantor de funk, fácil, fácil!)  me diz que não tem jeito, seu primo terá que voltar amanhã, para instalar o ventilador, pois falta uma peça. (?) E ele, claro, virá junto.

Estou a ponto de texturizar a parede do  corredor com os dentes.

14
set
10

Ice Bar Stockholm

Entrada do Ice Bar

O Absolut Ice Bar, fica no saguão do Nordic Sea Hotel. Compradas as entradas pela internet, é só chegar, e dar o código. Eles até pedem o “papel”, mas é frescura.

Aí, a gente entra numa espécie de vestuário futurístico, e nos dão um “poncho” super pesado, almofadado com capuz. E todos se transformam e esquimós azuis e fofinhos, sem medo de pagar mico. Ao contrário, todos pagaram para pagar esse mico, a -5 de temperatura ambiente. Mas!!! A entrada vale um drink, feito no balcão de gelo, servido no copo de… gelo. Drinks feitos, óbvio, com Absolut (aí eu gostei).

E é líquido e certo, que um só não basta.  Pois além de tirar fotos, beber e rir muito, não há muito mais o que fazer. O lugar é pequeno, tem umas três mesinhas “de centro”  e mais algumas tipo bar, altas, para poder apoiar seu copo enquanto clica e fotografa tudo que estiver em volta.

Esse casaco-capa, até que esquenta, mas não muito. O Ice Bar é para isso mesmo, uma “experience”.  Tipo  -Vai ser bom, não foi?

O problema é que ela (a capa) só cobre o tronco e os braços. Donde se conclui, que em alguns minutos, seus pés, suas pernas e os  entretantos, ficam congelados e o sorriso começa a se desfazer. Então vale dar pulinhos,  se saculejar, fazer a dança da foca doida, qualquer coisa para se esquentar um pouco e lógico, pagar mais micos gelados.

Vale lembrar que nem tudo é gelo. Rola muito acrílico!  Mas tudo bem. Vale a brincadeira, as fotos e os drinks que são bem gostosinhos.

Na saída, mais um miquinho…

Passado o momento urso polar, caminhamos de volta para o Hostel. E a noite ainda estava chegando.

parecendo uma pintura de Van Gogh.

E pimba, já estávamos nos na cidade antiga, repleta de pubs. Nos jogamos logo no primeiro, onde convidei Rafael para uma Guiness, mas ele gostou mesmo foi da Leffe. Finesse é finesse.


Bom eu adooooro um pub.

E um pub em Estocolmo, tem um outro clima, né? Bom, aí a gente se empolgou e fomos a outro bar e assim por diante.

Olha a cor do céu, às 11 e 45 da noite!

O fato é que a cidade nesta época do ano é uma festa de dia e de noite. Por isso mesmo, logo cedo, no dia seguinte, fomos explorar a cidade nova. Conto tudo no próximo post.

Té!

13
set
10

“It´s raining men”

Traduzindo : ” tá cheio de homi” aqui em casa, todos respingados de tinta, falando alto e transitando já com intimidade. E a pintura do ap, entra em sua terceira semana. A sala já esteve no quarto, agora os quartos estão na sala,

e para piorar, minha geladeira pifou.  Trata-se de uma geladeira dessas que tem computador, chip, e deveria degelar sozinha e … o que eu mais detesto: apita quando há algum problema (um alarme que toca, junto com pequenas luzes piscando)  e estala como se fosse explodir. É uma Brastemp, e só me deu despesa e chateação. Já teria comprado uma nova, com tudo que já gastei consertando. Desta vez, 15 dias para o seu  Coisinho descobrir o “defeito”, mais uma semana para chegar a peça e hoje, se tudo der certo e o inferno astral que antecede meu aniversário contribuir, devem vir mais dois homens, consertar a criatura. E vejam bem, chamei uma autorizada!  Depois vem mais um (homem) consertar as portas de correr que se transformaram em portas de arrastar, e talvez, se houver um alinhamento favorável de planetas, mais um homem para reinstalar os ventiladores de teto (indispensáveis).  Pois é, I`m a single lady, e estou toda trabalhada na testosterona. Depois disso, vou exigir que os possíveis futuros inquilinos usem luvas cirúrgicas e cabos de vassoura encapados em tafetá, para que as paredes permaneçam imaculadas. Crianças? Nem pensar.

Enquanto isso, os ítens para vender ou doar, estão se acumulando na copa e talvez venham mais brucutus para levá-los embora.

Juro que até amanhã faço os posts que faltam sobre Estocolmo, muito mais agradáveis de escrever do que este pequeno desabafo (desesperado)  .  Mas fazer o quê? Sinceridade? Pegar minha malinha e sair sem destino…

Até!

06
set
10

Estocolmo 2 Djurgarden

fonte: Wilkicomons

Nessa foto de Djurgarden, que é ao mesmo tempo parque e ilha

Chega-se a ilha (parque) de Djungarden, de barco. Nesta ilha, em primeiro plano e atrás de mim o Museu Nórdico, e atrás do Museu, o teto marrom do Vasamuseet.

Parece um lugar encantado, com tudo arrumadinho. Eu adoro museus e por isso mesmo, em algumas viagens eu me controlo e não entro. Nesse dia, ensolarado, com a cidade se mostrando como uma criança que recebe visita, eu queria mesmo era ver tudo isso, e comemorar.

Chegamos então ao Josefina. O Restaurang Josefina não é só mais um dos zilhões de bares de Estocolmo. De Maio a Setembro, o terraço, com capacidade para mil pessoas, é decorado com enormes sofás, poltronas e almofadas. Um bar ao ar livre,  palmeiras (como sobrevivem ao inverno é um mistério) um som tranquilo  e uma taça de vinho, se encarregam do ótimo clima do lugar.

Famílias inteiras com bebês cor de rosa, grupos de amigos, casais. Todo mundo esparramado, em plena segunda feira, tomando sol e curtindo com tudo, no Josefina.

Todo mundo numa boa…

Vista para o Royal Palace.

Como eu disse, são salas de estar, ao ar livre. A gente vai ao bar, pede e paga o que quer, e fica onde quiser, quanto tempo quiser.

Bebericamos  umas taças de vinho … mas a viagem, low cost, não dá para arroubos em restaurantes. Fomos de cachorro quente, que em Estocolmo, é invariavelmente indescente e invariavelmente servido por uma loura linda e sorridente.

Neste jardim dá para ser feliz!!

Mas seguimos andando…por Djurgarden

E descobrimos jardins secretos dentro do jardim.

Skansen também ficou para a próxima vez. É um museu a céu aberto, junto com um zoológico. Ou seja, essa ilha é a area de lazer da cidade.

Incluindo o tal Hot Dog obsceno. Reparem nas “tetas” . Mustarda e ketchup, são literalmente ordenhados, por cima da linguiça que está sempre assada para fora do pão.

Pausa para um café e para mais um visual.

E voltamos por Strandvagen, a “rua da praia”.

Mais uma ponte e voltamos a Gamla Stam, cidade antiga.

Onde o charme substitui o verde.  E o Royal Palace aparece.

A essa hora a cidade antiga, está animadíssima e os pubs começam a se acender.

Mas nosso destino era outro. Previamente agendados e comprados pela internet, nossos tickets para o Ice Bar nos esperavam.

O Absolut Ice Bar, fica no Nordic Sea Hotel, Vasaplan 4, no Centro de Estocolmo na cidade nova.

A entrada, comprada pela internet é mais barata, SEK 170, por pessoa, algo em torno de 18 euros ou 40 reais. É bom não perder seu copo (de gelo), pois o primeiro drink é grátis, mas os demais custam SEK 95, uns 10 euros ou 22 reais. É caro, eu sei. Mas é dessas coisas que se a gente não fizer, vai ficar faltando e quando você se lembrar que não foi, vai ficar p da vida. É bom ir logo e ficar livre. Vale a pena, mas em grupo. Sozinho, deve dar  tédio em 5 minutos.

Conto mais no próximo post.

Até!

05
set
10

Estocolmo

O bom de ter um blog, é que em meio a uma bagunça, móveis empoeirados, tudo de pernas para o ar, eu posso reviajar!  Amanhã começa tudo outra vez! E só para matar a curiosidade, a tal granada, é uma antiguidade. Meu pai, acreditem, lutou na Revolução de 32, que tinha como objetivo separar São Paulo do resto do país. Como recordação, ficaram uma granada e dois capacetes. Meu filho queria ficar com tudo, mas imginei, o Dani entrando no Reino Unido com uma granada! Definitivamente, não ia dar certo.

Então voltando ao mágico mundo , sim, estávamos os três em Estcolmo, cidade fundada em 1252, capital da Suécia, país todo trabalhado na monarquia. São 14 ilhas, ligadas por pontes, linhas de metro, barcos. O mapa aí de cima, dá uma idéia. Nosso albergue, localizado em Gamla Stam, essa pequena ilha central. Nossa rua, a Stora Nygatan, que em sueco quer dizer A Nova Grande Rua, corta a ilha de ponta a ponta. Pode parecer difícil, mas é fácil se locomover a pé. A gente pula de uma ilha para a outra sem nem sentir. Nosso albergue, fica examente no meio da Stora Nygatan, e podíamos ouvir os sinos da catedral de Estocolmo.

Depois de prepararmos nosso café da manhã na cozinha do Archipelago Hostel (tínhamos nos abastecido num mercadinho), partimos para explorar a cidade.

Posso estar errada, mas foi a maior concentração de bares e restaurantes que eu já vi em um curto espaço. E é cada um mais convidativo que o outro.  No caminho para o porto, estação dos ferrys, eu realmente perdi a conta.

A impressão que dá, é que eles colocam a sala de estar na varanda, para aproveitar a luz e o calor do sol. Luz que vai tranquilamente até 10, 11 horas da noite.

Esses e mais uns vinte, no caminho entre o hostel e o porto.

Aí, com licença da palavra, é um desbunde. A gente aqui do Rio, que está acostumada com as Barcas Rio-Niterói-Paquetá, etc. tem vontade de chorar. Porque além dos barcos hop-on hop-off (a gente entra e sai aonde quiser, quantas vezes quiser), há os barcos normais, que transportam os cidadãos de uma ilha para outra. O porto é chic, não fede, não tem ninguém te cutucando e  te pedindo para pagar um pão. Tem… mais bares lindos!

Por sek 220 (coroas suecas), cerca de 23 euros, a gente entra nesse barco e passeia por todas as a ilhas, descendo onde quiser.  Uma coisa importante, foi ter conhecido esta cidade na primavera. Primeiro não teríamos o mesmo tempo para curtir a cidade, se fosse inverno,pois quanto mais ao norte, menos tempo de luz no inverno e mais no verão. Imagino esse passeio a -5!

Mas o dia estava perfeito, ensolarado mas fresquinho, e nós em clima de jardim de infância. Fizemos o tour todo, passando por  Sodermalm, ilha ao sul de Gamla Stam, onde as construções são do século

18, pela área chamada Slussen, que é a ligação das duas ilhas…

O tour de barco nos leva até Satrdsgarden, que é um dos portos de Estocolmo… onde os navios de cruzeiros costumam atracar.

Até o Parque Grona Lund

Por Strandvagen (Rua da Praia), cujas construções são lindas!

E decidimos saltar em Djurgarden, que é ao mesmo tempo um parque e uma ilha, onde está o Museu Vasa dedicado a um único barco Vicking. Mas o dia estava lindo, e com tres dias para conhecer a cidade, os museus ficam para a próxima. Fomos andando e chegamos ao delicioso Josefina. Um open bar delicioso. Mas como este post está enorme, as fotos também ficam para o próximo post!

Até!

01
set
10

auê geral, zona total! Alguém quer comprar um faqueiro?

Eu sei.  Era para ser Estocolmo, e cá estou eu com uma prosaica pintura geral e irrestrita do meu apartamento como assunto deste post. Mas é exatamente isso. Me encontro no mais absoluto caos e em vez de lutar contra, juntei-me a ele (o caos).  Então os posts sobre as viagens, vão esperar esta semana, pois todo o material que eu juntei em Estocolmo está numa caixinha que ficou embaixo de outra caixa…

Moro  num apartamento antigo, desses que tem cômodos grandes. Mas cada vez mais, tenho menos coisas. Depois que comecei a viajar e descobri que tudo que eu precisava para ser feliz estava numa malinha e em volta de mim, o lugar escolhido para viver aquela felicidade, fiquei mesmo desapegada. Não que eu não queira comprar ou ter coisas, mas acabo sempre pensando que bom mesmo é morar onde estão seus sapatos (aliás sapatos confortáveis, para poder andar à beça).  Não que eu não goste da minha casinha. Adoro! Mas gosto de pensar, que, como sempre fiz, posso fazer minha mudança numa Kombi.  O que não couber, não é tão necessário assim, então pode ser doado ou bye bye! Já deu! No entanto, ainda tenho ítens que micaram comigo, tipo um faqueiro completo, pesadíssimo com talheres para peixe! Será que alguém  ainda usa isso? Se usar, tô vendendo! Oferta tentadora! Ah! Também tenho uma granada (isso mesmo, uma granada) da Revolução de 32, e o capacete da mesma revolução. Mas isso é para colecionador. E estória pra outro blog.

É… pintar o apartamento, é isso mesmo. A gente se depara com ítens que a gente sabia que estavam lá, mas que agora, que desceram do armário, ou saíram de seus esconderijos, a gente não tem a menor idéia do que fazer com eles.




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