Um breve post… só para registrar, que apesar de muitas dúvidas (e medos) prefiro dar lugar à ESPERANÇA.
Arquivo para novembro \30\-03:00 2010
Esperança
Rio da beleza e do caos
Eu nunca pretendi fazer um post como esse. Muito menos, colocar fotos como estas. Ao contrário, sempre me refiro à deliciosa e indescritível sensação de poder passear por uma cidade a pé, pegar um ônibus, enfim… de se sentir segura, nas cidades que visito.
Eu até agora custo a acreditar que vi ao vivo e a cores a transmissão de uma operação de guerra – no Rio de Janeiro ! Isso tudo depois de semanas de terror: Arrastões e ataques onde bandidos incendeiam carros e ônibus, democraticamente espalhados por toda a cidade dos subúrbios à zona sul, detonaram o quê há muito tempo se esperava das autoridades. Enfrentar, combater e prender os criminosos.
A minha pergunta é: como chegamos a isso? Como esses bandidos conseguiram se armar dessa maneira, ao ponto de ser necessário uma enorme operação de guerra, transmitida para todo o mundo, por repórteres vestindo o coletes a prova de bala, exatamente no momento em que o Brasil está em evidência? Por quê tantos anos de descaso, corrupção e olhos fechados? Quantas pessoas foram mortas, ficaram deficientes? Quantas famílias foram destruídas?
Nesse exato momento, vejo aterrorizada, a invasão do Complexo do Alemão.
Será que um dia vamos poder passear pelo Rio sem MEDO?!
Sim… chegando ao final dessa viagem deliciosa. E ao escrever, quase sinto o vento gelado daquela tarde de primavera. Nesse dia, eu literalmente divaguei… Tínhamos chegado até ali, depois de dias e dias juntos e misturados, dormindo e acordando, correndo para pegar nossos vôos, nos horários mais loucos. Zigue-zagueamos pela Europa, indo no sul para o norte, dá península ibérica para a uma ilha e depois para a Escandinávia, e Paris seria nossa última cidade. A chegada de nossa maratona.
O dia foi um presente. Um céu azul de doer, a temperatura ainda pedindo um casaco e um cachecol… Cometemos um único erro! Não compramos nenhuma garrafa de vinho para um brinde, enquanto nos esparramávamos na grama. O sol se pondo e nós alí, num momento desses tão mágicos que a gente mal consegue respirar.
Me lembrei do dia em que, numa esquina, perto da Aliança Francesa, eu, Rafael e Clarrice, combinamos viajar juntos.
Naquela época eu ainda nem tinha colocado meus pés na Europa. Era só um sonho, um desejo lapidado durante anos e anos.
E lá estávamos nós…
Mas o dia ainda tinha muita luz.
E eu não queria mesmo que ele acabasse. Nosso destino? Ver as luzes da cidade luz se acenderem lá do alto. Do alto da Tour Montparnasse! (Cá entre nós, eu curti mais do que a subida ao Empire State,
embora o prédio não seja tão bonito).
Construído entre 1969 e 1972. Com 210 metros e 56 andares, é o edifício mais alto da França.
E ver o sol indo embora, a noite chegando, as luzes e a Torre Eiffel começando a “glingnoter” é mesmo indescritível.
Por 11 euros, você pode ver Paris inteirinha…
E lentamente as luzes começam a piscar…
E nós lá em cima, como crianças no fim do recreio. O sorriso nem cabia no rosto da gente.
Como se fosse um balé, o sol cai, o céu fica rosa, as luzinhas vão pipocando aqui e alí, e num gran finale, a Torre se ilumina e começa a piscar.
É Paris … A cidade luz se iluminando.
E eu que viajo mesmo, fui tomada de uma felicidade completamente infantil.
Daí, um liláz tomou conta da paisagem e a cidade inteira acendeu.
Lá em cima, o vento é de bater o queixo. Mas vale cada tremelique…
O céu ainda estava azul “noite” quando descemos. Estávamos a dois passos do hotel, mas ainda queríamos mais.
Mais um busum, e chegamos ao Louvre, que nem precisa de todas as obras de arte para ser lindo!!
E assim, minha câmera (já quase sem bateria) encerrou esse meu último dia com esses amigos queridos. Em Paris. Ultimo dia da primeira viagem. A próxima já está desejada…
Até!!!
Vista do Arco do Triunfo
Dessa última vez, foi pouco mais que um dia… E agradeço a insistência de Rafael. Foram horas inesquecíveis… Paris, como ele mesmo diz, tem que estar no meio, no início ou no fim de qualquer viagem à Europa, mesmo que seja por poucas horas ou com poucos euros no bolso, respirar um pouquinho em Paris, e ainda por cima com amigos, faz a vida mais feliz!
Nesse mapa ( do meu mais querido e fiel guia de bolso) está todo o must see da cidade. Então um hotelzinho em alguma dessas áreas, já facilita o mais importante que há para fazer: andar! É andando que a gente absorve os cheiros, sons e visuais de Paris. Então por onde começar? Eu sempre começo do miolo ou para ser mais poética, pelo coração:
ÎLE DE LA CITÉ E ÎLE ST LOUIS
São ilhas naturais do Rio Sena.
Eu vou sempre à Catedral de Notre Dame, agradecer por estar lá mais uma vez uma vez. É meu milagre particular!
É linda por dentro e por fora. E se puder assista a uma apresentação de um dos coros http://www.musique-sacree-notredamedeparis.fr/spip.php?article14.
O parque que fica atrás da Catedral, além de ser uma delícia para um momento de relax, vale pela ver (na minha opinião) melhor vista dessa construção. É de onde dá para ver os arcos butantes, que caracterizam o estilo gótico (eu adooooro!).
De Notre Dame você pode ir para qualquer direção. Se tiver tempo, uma caminhada pela Île de Saint Louis, mais residencial, onde estão construções de cair o queixo.
fonte: Wilkimedia
Mas pode também, percorrer ir no sentido contrário, em direção ao Quai de l´Horloge e ver La Conciergerie e o Palais de Justice.
foto de 2008
Se for se entregar às compras, a Rue de Rivoli está logo ali. É só seguir a Rue D´Acord, e de quebra passar em frente ao Hôtel de Ville (a prefeitura da cidade).
É uma enorme rua de comércio. Zara, C&A (no inverno, tem um andar enorme inteirinho de casacos e mantôs) H&M, Pomme de Pain (rede de lanchonetes com sanduiches deliciosos), BHV (Bazar Hotel de l´Hôtel de Ville, uma imensa loja de departamentos) e mais uma infinidade de lojas. Ainda pela Rue de Rivoli, você pode andar toda a vida e chegar ao Louvre, ao Jardin de Tuileries e à Place de la Concorde. Se for no sentido contrário, vai chegar à Bastille.
foto 2008
Place de la Concorde
Nesta área, ainda estão a Saint Chapelle (imperdível) e a Pont Neuf, que apesar do nome é a ponte mais antiga que cruza o Sena. E é linda!!!
Pont Neuf
Ou seja, começando por Notre Dame, é só escolher o tema e a direção.
Nesse dia glorioso, antes de chegarmos à Notre Dame, passamos a manhã no Jardin de Luxembourg (perto do nosso hotel em Montparnasse).
Ai, ai…. fico feliz, só de escrever e relembrar esse dia mágico. A primavera estava começando a se mostrar, e o jardim estava sendo preparado para ela. As flores recém plantadas, as árvores recortadas. Parecia um bordado, no início do trabalho.
Se existe uma coisa boa em revisitar uma cidade como Paris é ser livre para respirar o momento, sem aquela obrigação de ticar todos os pontos turísticos.
E se espalhar na grama, é um luxo desses que a gente pode se dar!Como se fosse absolutamente normal e fizéssemos isso todos os dias por aqui.
Depois desse momento sublime, nos embrenhamos pela cidade e caímos na urbanidade.
E depois de Notre Dame, caímos num Bâteau, desses para turista mesmo. Uma delícia!
Vale a pena??? Claro que vale! Ver as margens do Sena, no Sena é um ângulo lindo e nesse dia de primavera, porque não chegar à Tour Eiffel, de barco? É reinventar o caminho.
E ver a Pont Neuf de outro ângulo.
E chegar de outro jeito lá na torre.
Próximo post conto mais!
Até!
ESTE BLOG MUDOU DE ENDEREÇO:
http://www.maladerodinhaenecessaire.com
Pois é. Volta e meia tem um leitor ou conhecido me perguntando ou procurando pela mala perfeita para as companhias aéreas de baixo custo. Ou simplesmente me perguntando sobre o quê e quanto se pode levar para a cabine do avião e principalmente: onde encontrar A MALA!
Para quem está procurando uma malinha nas medidas exatas (e quase impossíveis) exigidas pelas low cost, principalmente pela Ryanair, aí está uma boa opção:
Sansonite Spinner Earth (P)
A dificuldade de encontrar uma mala que se enquadre nessa exigência (a de ser uma mala de bordo, bagagem de mão ou cabin bag aceita) é que a maioria das companhias aéreas falam em um volume de 115cm, sem especificar as dimensões exatas. Além disso, a franquia de bagagem de cabine, varia de companhia para companhia, de vôo para vôo, e de classe para classe e de país para país, e isso, numa viagem à Europa por exemplo, pode dar muita dor de cabeça (e de bolso também) por causa de alguns míseros centímetros. Além disso, o número de malas extraviadas e/ou danificadas, e como a moda de cobrar uma taxa para despachar mala de porão está invadindo cada vez mais companhias aéreas, os passageiros estão caprichando na bagagem de mão, levando cada vez mais e mais para dentro das cabines, e isso acaba causando atrasos e verdadeiros engarrafamentos na hora do embarque. Daí as regras para a bagagem de bordo, estão ficando cada vez mais restritas (para gerar mais receita para as companhias).
Europa: Vôos dentro da Europa usam o sistema de peso, variando o peso de acordo com a classe da passagem (super econômica, econômica normal, executiva básica, executiva normal). A classe econômica costuma ser 20kgs.
Se você comprou uma passagem de Vôo dentro da Europa, separada de sua passagem internacional Brasil-Europa, valerão as regras de cada país e companhia aérea. Se comprou junto com sua passagem internacional Brasil-Europa, valerão as regras da passagem internacional.Ao comprar a passagem, leia antes as regras de bagagem, para saber o peso, quantidade e valor da multa.
A EUROPA usa, na maioria dos países, o conceito de PESO, ou seja, paga-se o valor por kilograma excedido, variando de 10 a 30 euros por kilo. As companhias low-cost cobram não apenas por peso, mas também por volumes extras. Se viajar com mais pessoas, é permitido somar a quantidade de franquias.
Multa: as multas são por WEIGHT CONCEPT – veja no site da companhia aérea quanto custa o kilo excedido.
As variações são tão grandes que podem afetar o preço final da passagem, por isso certifique-se antes de viajar ou leve pouca bagagem. Swiss | | Iberia cobra por peça a mais: 2 mala: 50 euros (via site); Excesso de peso: 60 euros | KLM cobra por peso extra | Swiss: por peso |Tap: por peso (mais barato se comprar pelo site), variando de 5 euros a 20 euros dentro da Europa por kilo. | Lufthansa: por peso, de 5 a 10 euros.
VOLUME – DIMENSÕES DA MALA
Além da restrição de peso (no Brasil o máximo permitido pela legislação é de 32 kg, mas a aviação internacional e companhias aéreas tem outros padrões e limites), há restrição no tamanho das bagagens (dimensão:(A + B + C) = 158 cm), por isso há uma atenção especial em relação a grandes eletrodomésticos e eletrônicos, equipamentos de esporte, etc… Mala de Mão (Bordo): 115 cm total.
British: 56cmx45cmx25cm (imagem). Iberia: 55cm x 40cm x 20cm, 10kg.
Tap: 55cm/40cm/20cm, 6kgs.Jal: 55cm(L)x40cm(A)x25cm(P), 10kgs. Lan Chile: 55x35x25, 8kgs. United Airlines: 23 x 35 x 56 cm. Lufthansa: 55 x 40 x 20 cm, 8kgs. Alitalia: 55cm x 35cm x 25cm, 8kg (NOVO PESO) Bagagem despachada: 158cm. Jal: cada 158, mas as duas não podem passar de 273cm. Máximo para excesso de volume: 292cm. Acima disso, provavelmente não será embarcado. *Fonte: desenho pela British Airways.
Na prática, o difícil é encontrar a mala perfeita para tudo: para o bolso, para as cias lowcost, para bagagem de mão de voos internacionais e principalmente que não desmaie se abrindo inteira, quando alguém do security resolve revolver a sua malinha (a minha é mais ou menos assim, dividida em dois compartimentos, quando preciso abrir por qualquer motivo no aeroporto ou na rua, ela se multiplica em duas partes).
Ou são pesadas demais, largas demais ou só tem 2 rodinhas ou pior, caras demais!
E eu estava procurando mais uma vez,uma mala que cumpra todos os requisitos, procura esta que começou na viagem de volta de Dublin, quando a malinha de Carol foi congada pela Ryanair, e nos custou 35 euros de multa e castigo, fora a possibilidade de perder o Easybus, previamente agendado e pago (outro pejú), que nos levaria do aeroporto de Stanstead para Baker Street (central London). Por perder o ônibus, leia-se ficar esperando a mala nas esteiras do aeroporto. E por congada, leia-se não entrou na gaiolinha que mede a bagagem. Essa aí da foto.
Para entrar, deslizando nesse engradado, não basta ter 115 cms no total. E o principal problema é encontrar uma malinha de cabine que tenha só 20 cms de largura.
A grande maioria das malas tem 24, 25 ou 26 cms, mesmo sendo menores no total. Meus amigos acabaram comprando malas de porão em todos os vôos, o que custou 30 dinheiros por trecho = 90 no total!
Então a única maneira de se ter certeza que a mala vai entrar em qualquer lugar, é levando a velha e boa fita métricapara a loja de malas, pois mesmo pesquisando na internet, as medidas não batem com a realidade.
As medidas da Sansonite Earth, que estão no site por exemplo, são 55.00 x 35.00 x 24.00, sendo assim já estaria reprovada, mas na realidade, tem exatos 20 cms. É lógico que tem que ser na base do saquinho a vácuo e nem pensar em usar o bolso. Mas para viajar de trem por exemplo, pode-se usar o expansor e o bolso.
Não é barata (299,00), mas pense na economia de pular de país para país por menos de 10 libras ou euros. Vale muito a pena. E se passa na mais rigorosa e mão de vaca das cias low cost, entra em qualquer outra cabine de qualquer outra cia.
Essa abertura frontal facilita muito o interminável tira e põe no security (raio x ). Lembre-se que se você estiver levando algo eletrônico (câmera, notebook, celular, etc) e líquidos (aquele saquinho com ítens de higiene pessoal) tem que mostrar tudo fora da mala e depois colocar tudo dentro de novo para passar pelo portão de embarque.
PS: Novembro vai ser um mês daqueles bem bombados, se eu demorar a aparecer, é por pura falta de tempo!
Até!!!
Outono em Londres
Eu sei que estou sumida. Sem tempo até para ver e-mails, visitar os blogs e devendo um monte de posts . Meu querido blog anda muito solitário. Mas às vezes é assim mesmo. O tempo parece menor e junta tudo ao mesmo momento.
Kenwood Park by Charles McNicoll
Então, completamente extasiada com as imagens que vi hoje nos jornais locais e pela descrição que meu filho fez durante nosso papo pelo Skype, resolvi postar essas fotos que mais parecem pinturas. Se eu pudesse, voaria amanhã mesmo para ver ao vivo e a cores. O outono em Londres está tão lindo que virou manchete dos jornais e está na minha wish list.
(fonte: The Guardian) St James Park – Londres
Os parques de Londres são meu passeio preferido. Com essas cores, estou mesmo me segurando muito para não partir agora!!
(fonte: BBC)
Sheffield Park Gardens, East Sussex – sent in by London resident Shirley Morgan
(fonte: BBC)
Kenwood, North London – Charles Mc Nicoll
Photos from Hyde Park 02.11.2005. Photo by Ivana
(fonte: BBC)
Thames sunset by Janet Rennie
E para finalizar : um esquilo… eu já tive um momento mágico, com um desses nas minhas mãos. Parecem plumas de tão leves.
Comentários