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Aeroporto Tom Jobim – Rio de Janeiro
A intenção desse blog no início, era tão somente compartilhar com os amigos a emoção de cada viagem, postar algumas fotos (muitas aliás), e dar notícias e depois falar o que eu tivesse vontade no dia a dia. Com o tempo e depois de muitas horas na internet, fui mesmo querendo registrar e compartilhar o que deu certo, as roubadas (Merci Dieu, muito poucas), e se puder ajudar alguém, que como eu, já ficou muito perdida e ansiosa, a chegar mais rápido às respostas que a gente sempre procura na hora de viajar, eu já fico feliz!! Sei que ninguém encontra euros, libras ou dólares dando sopa, e que em uma viagem desse porte, quanto mais informação melhor, e menos tempo e dinheiro a gente vai desperdiçar. A maioria dos termos de busca aqui no blog, são exatamente sobre os detalhes.
Começando do começo, preciso falar sobre a Air France. Eu, particularmente nunca tive problemas. A passagem do vôo cancelado por causa das cinzas do vulcão, já me foi reembolsada, sem nenhum stress. Mas meus amigos, passaram um domingo inteiro (dia do embarque) de stress e expectativa de perder o vôo para Barcelona, pois a AF simplesmente mudou o horário do vôo, que saiu 3 horas depois. Tempo suficiente para perder a conexão da Vueling que os levaria a Barcelona. Não conseguiam falar com o atentimento ao cliente( imagine! domingo não funciona!), e quando conseguiram algum contato, a companhia simplesmente não se responsabilizou por nada. Eles acabaram comprando novas passagens para Barcelona. Nisso, foram muitos telefonemas internacionais, prejuízo em dinheiro e tempo! Coisa importantíssima, quando se tem três dias numa cidade. Outro detalhe: não sei se por causa dos prejuízos incalculáveis que todas as cias aéreas tiveram por causa das cinzas, o menu a bordo (ponto alto da Air France, falei sobre isso aqui), não foi aquela fartura… Nada de vinho à vontade, Hagen Dazz, sanduíches, Heinekens etc. Isso tudo sempre foi oferecido no meio do avião, no meio do vôo. Não que eu seja uma comilona contumaz, mas um vinhozinho, sempre ajuda na hora da insônia… Foram 6 vôos assim. Os meus, os da minha filha e os dos meus amigos. Apesar de ter a tarifa mais barata, já estou pensando duas vezes . Como vou sempre para Londres, desta vez o mais barato, não sai tão mais barato assim, já que cheguei no Charles de Gaulle, e a conexão para Londres (minha e da minha filha), partia de Orly, no extremo oposto de Paris. Tivemos que pagar o ônibus da própria AF, 19 euros cada uma, para o translado. Ou seja, foram mais quase 80 euros, fora todo o tempo gasto, ter que tirar as malas da esteira, embarcá-las no ônibus, e fazer tudo ao contrário. Enfim… fica aqui o depoimento. A outra opção, seria a British Airways. Mas desde o fim do ano passado, tem havido várias greves do pessoal de bordo. Então, da próxima vez, vou ter que pesquisar bastante, para me decidir.
Imigração: Pois é. Não sou a pessoa mais indicada para contar sobre esse momento que tira o sono. Nunca tive problema nenhum, talvez pela faixa etária. Em Paris, nunca perguntam nada. Já para entrar no Reino Unido, a coisa muda de figura. Para começar os não europeus (the rest of the world ou all passports), tem que preencher o Landing Card, com seu nome e sobrenome, sexo, número do passaporte, tempo de duração de sua estadia no Reino Unido, endereço de contato, de onde você está chegando, núnero do vôo, trem, ou navio, e sua assinatura. (Só falta pedirem fotos da família!). E sempre perguntam qual o motivo da viagem, quanto tempo pretende ficar. Dependendo da idade, vão te pedir a passagem de volta, perguntar quanto dinheiro você tem, se conhece alguém em UK, e daí tudo pode acontecer… Os brasileiros não precisam de visto prévio para entrar em UK, mas o Immigration Officer é que vai definir se você entra ou não. Então é bom que esteja com tudo à mão e saiba responder essas perguntas, porque mesmo com o passaporte todo carimbado, eles perguntam mesmo. Na primeira vez que imigrei, eu não tinha a menor noção de onde estava e o que era aquilo. Estávamos vindo de Amsterdam, de ônibus, paramos em Calais, antes do ferryboat, fazia um frio louco às onze da noite, e euzinha estava com uma febre de 40!!! A oficial me perguntou um monte de coisas e eu fui respondendo, assim super a vontade, como se ela fosse só alguém muito curiosa!!!! Só depois caiu a ficha!
Nos outros países, é quase a mesma coisa com exceção do Landing Card. Sapecam o carimbo e pronto!
A malinha (de cabine). Item indispensável e de suma importância, se quiser viajar low cost mesmo. Vi de tudo nos aeroportos, inclusive dentro dos aviões, mas nunca se sabe como vai estar o humor do funcionário. Se ele te mandar pesar, ou pior, testar a mala no tal engradado, e ela fracassar no teste… 35 dinheiros (digo dinheiros, pois podem ser libras, euros, coroas checas ou suecas…depende do país que você estiver embarcando). E acredite! Dói mesmo se você pagou míseros 8 dinheiros, pela passagem! E aí tem mais um pegadinha. O engradado da Easyjet é na horizontal, ou seja, as rodinhas podem atrapalhar. Já na Ryanair, é na vertical, e a largura é o problema. São 20 cms. A textura da mala, também pode danar tudo. A minha (da marca Tonin) é rígida, não tem expansor, não tem bolso (não dá para cair em tentação), e a alça é embutida. Entra linda nos engradados, que nem uma modelo em roupa de desfile de griffe. Um porta-passaporte ou uma minibolsinha, que a gente possa disfarçar na hora do embarque, também ajudam.
Outro detalhe que pode parecer de menor importância, (mas na hora do entucha tudo na malinha, é muito importante), foram os tais saquinhos que falei aqui. Chamo-os de saquinhos mexups. O Espacebag, não cumpriu sua tarefa. Já em Dublin, (segunda parada), ele até “chupava”, mas em algum lugar, devia estar danificado, e voltava a encher (já dentro da malinha). Resultado: se a gente está contando com aquele super, mega, ultra, importante espaço extra na malinha, na hora de recolocar o que foi mostrado fora da mala no security, tipo, notebook, líquidos etc (lembrando que nas cias lowcost, a gente só pode embarcar com 1 (UM) único volume!), pode dar problema. Porém, meu amigo Rafael descolou um outro, que se chama Vacuumbag, mais barato (11,40) e que se comportou melhor. Foi aberto e fechado váaaaaarias vezes, e continuou cumprindo a sua missão. Há que se ter um certo cuidado. E cá entre nós, esse negócio de enrolar é muito chic. O que faz vácuo mesmo é uma boa sentada com o busanfam (com calma, para não estourar!). Primeiro lacra, abre um pouquinho o zíper de silicone, busanfa em cima, e passa o lacre de novo! Aí sim, fica totalmente me xups! Para mim, é a alma da malinha para as cias lowcost. Fica tudo preso dentro do saquinho e não desmonta na hora de abrir a malinha, se algum pentelho no security quiser examinar o que tem dentro. Como só encontrei com eles (meus amigos) em Barcelona, me virei com o grande mesmo, vindo de Londres, que faz o mesmo trabalho, só que tem um enorme bocal para ser chupado com o aspirador (ou fazer o ar ser expulso na base da busanfa mesmo).
Companhias aéras low cost e aeroportos (também low cost).
Vale muito à pena!!! Para nós, acostumados a passagens caríssimas, pode até parecer roubada. Mas não é. São simplesmente companhias aéreas que cortam tudo o que não é o vôo em si. E cobram por tudo que não é o seu assento e um único volume a que o passageiro tem direito. As regras são claras e você tem, obrigatoriamente que concordar com elas antes mesmo de reservar seu vôo. Tudo o mais, além do seu corpicho e dessa única bagagem de mão é cobrado. É tudo feito pela internet, pelo passageiro, inclusive o check in. Todo o resto é pago. Embarque prioritário (fila especial para quem pagou para embarcar na frente dos outros), mala de porão, água, café, sanduíche, batata frita…tudo! O avião mais parece uma loja de conveniência que voa. Os comissários ficam anunciando o próximo item a venda, com alegria e emoção. Começa com o lanchinho, depois cartões com prêmios (raspadinha, pode?), perfumes, maquiagem, cigarros que não acendem, relógios, bijuterias, mascote da empresa, uma feira! Ah! ainda tem o fato de que qualquer mudança, hora ou dia do vôo, alteração de nome, etc, são taxadas em 100 dinheiros. Mas tive uma experiência positiva. Na hora de reservar dois vôos, digitei o sobrenome do Rafael errado. Quase infartei quando vi, que para alterar uma letra, on line, teria que pagar quase o custo de toda a viagem 2 vezes! Dei uma pesquisada e vi que existem até fóruns de discussão sobre a companhia. Num deles achei a solução: ligar para o atendimento. Como não era alteração de passageiro, e sim correção do nome, foi simples, rápido e o melhor! Grátis, hehehe!
E todas tem o tal engradado na frente do portão de embarque, no qual, teoricamente, sua bagagem de tem que entrar facilmente, quase escorregando. Falei sobre isso aqui.
Easyjet: quanto maior a antecedência, mais barata fica a passagem; na hora de reservar, o próprio site mostra as opcões mais baratas, em torno da data escolhida; se achar que sua bagagem excede o permitido, é melhor pagar pela internet, uma mala de porão, pois é muito mais barato que no aeroporto (pode-se fazer isso na hora da compra da passagem ou um tempo antes do vôo); para chegar a aeronave, anda-se a céu aberto, chova, neve ou faça sol; a bagagem de mão a que se tem direito, dizem eles, não tem limite de peso, mas você mesmo tem que colocar no compartimento sem ajuda e não pode ultrapassar 55X20X40; pelo menos nos vários vôos que fiz, os aeroportos eram os centrais mesmo (CDG em Paris, Barcelona, Innsbruck, etc) mas o portão é sempre longe à beça.
Obs: na easyJet, você chega no aeroporto e vai direto para o security. Não precisa passar no balcão da empresa.
Ryanair: a companhia está sempre fazendo promoções; passagens a 3, 5, 8 e 10 libras ou euros, estão sempre em destaque no site; algumas não tem mais nenhuma tarifa, ou seja, é só isso mesmo; outras passagens são acrescidas de taxa de administração, web check in, pagamento via cartão, etc; essas promoções tem um período determinado para serem reservadas, e outro período determinado para o vôo em si; a bagagem de mão só pode ter 10 quilos e 50X20X40; e se tiver dúvida se sua bagagem cumpre as regras, também é melhor pagar pela internet, uma mala de porão; a companhia se orgulha tanto de sua pontualidade, que toca uma corneta em alto e bom som quando aterrissa na hora certa (uma comédia!)
Obs: nessa companhia, os não europeus, precisam passar no balcão da companhia, para checar a passagem e seu passaporte antes de seguir para o security.
Existem outras low cost, como a Vueling, Airberlin, Germanwings etc. Mas como minha base é Londres, acabo sempre nessas duas das quais falei.
Um outro detalhe que pode interessar ou mesmo desesperar a gente é errar o grafia do nome na hora de digitar o passageiro para fazer a reserva. Isso aconteceu comigo e é quase um terror quando a gente tenta consertar on line. Na página da Ryanair (manage your trip), você pode fazer de tudo. Acionar malas, comprar o direito de embarcar primeiro (priority ), etc. Mas mudar o horário do vôo ou o nome do passageiro, custa a bagatela de 100 dinheiros! Mas se o problema for uma única letra ou uma sílaba errada, calma! Vá para a página de tefefones de contato, anote o número e no primeiro país europeu que você estiver, ligue e peça para fazerem a correção. A mocinha é atenciosa e conserta o nome. Rápido e de graça. Acredite!
Embarque: é bom passar pelo security, com alguma antecedência. os portões de embarque, pelo menos nos aeroportos de maior porte, são sempre muito, muito longe! Outra dica, é ter sempre a passagem de saída do país para onde você está indo. Se você está indo para Barcelona e de lá para Madrid, tenha a passagem para Madrid à mão. Quase sempre pedem.
Aeroportos:
Os aeroportos utilizados pelas cias low cost, em algumas cidades, são na realidade, fora da cidade. Então criou-se um exelente negócio, que são os ônibus, que ligam esses aeroportos ao centro da cidade. E na maioria das vezes, estão sempre a disposição da chegada dos vôos low cost. As passagens variam de cidade para cidade. O mais caro que eu paguei foi em Estocolmo, talvez devido à distância, pois o avião pousa em Skavsta, que fica mais ou menos a 100 kms de Estocolmo. Em Paris, aterrissamos em Paris-Beauvais (eu juro que nunca tinha ouvido falar desse aeroporto), também longinho, e também servido por um ônibus que deixa os passageiros em Porte de Maillot em Paris.
Então, mesmo que se perca uma hora ou mais, ainda vale a pena, pois os ônibus são confortáveis e confiáveis. E…. Estarão lá quando você chegar.
O que mais importa nos aeroportos não é o tamanho (normalmente menores que os centrais), pois todos tem tudo que um aeroporto precisa ter. E sim, como a companhia vai avaliar sua bagagem. E como regra geral, o mais incrível é que não há regra que valha para todos eles. A imigração, na chegada, e na hora de embarcar, o security, também é diferente em cada um deles e em Londres e Paris, nem imigração teve. Assim como é diferente, na hora de encontrar seu portão de embarque, e principalmente, os critérios para avaliar sua malinha. Depois da experiência de Carol no aeroporto de Dublin, Rafael e Juliana, que apesar de serem leitores assíduos do blog, derraparam na escolha da mala, resolveram não arriscar, e pagaram bagagem de porão. Mas vimos muitas, várias malas bem mais gordas, altas, ou mesmo mochilas, dessas que tem vários compartimentos , passarem tranquilamente, no portão de embarque. Mas em Estocolmo por exemplo, ninguém estava preocupado com o formato. Porém, estavam pesando as malas!!! Ou seja, se eles não estivessem comigo, eu talvez tivesse que pagar excesso ou despachar, pagando a tarifa mais alta, pois minha malinha, já no fim da viagem, estava com 12 quilos! (Cometi alguns pecados mortais, comprando algumas lembranças, e cada grama pode fazer a diferença). O que eu posso dizer e aconselhar é: siga à risca o que está escrito no seu bilhete. Assim não tem tensão, o que estraga o prazer de estar indo embarcar para uma nova experiência. Ou então, relaxe, compre a bagagem de porão por 15 dinheiros, e se permita alguns pequenos excessos.
Próximos posts… mais detalhes.
Até!
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