Arquivo para setembro \29\-03:00 2009

29
set
09

MAS JÁ??? 50???

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Pois é… 50 anos, na semana que vem…e eu nem tchum. Nem tchum mesmo… ainda estou estou esperando aquele baque ou mesmo uma pequena crise, que me deixe apoplética, que me faça sentir algo diferente. Talvez um tremor ou desespero. Ou o espelho me dizendo, alôoo!!! Você aí! que tal fazer alguma coisa por este ser que te olha, um tratamentozinho estético, ou pelo menos um ácido? Um creminho mais potente? Não dou muita bola.
Sinceramente, gostaria de estar mais mobilizada, mas… não estou. Sinto apenas a insustentável leveza do ser, uma ausência de problemas… Milan Kundera, descreve bem essa sensação.

´´Atravesso o presente de olhos vendados, mal podendo pressentir aquilo que estou vivendo…
Só mais tarde,quando a venda é retirada,percebo o que foi vivido e compreendo o sentido do que se passou…“

Sinto exatamente como sempre senti, penso as mesmas besteiras e rio das mesmas besteiras que sempre me fizeram rir. Falo as mesmas besteiras, que sempre fizeram rir as pessoas à minha volta. Minha bagunça pessoal, continua intacta. Os sonhos reinventados, se preparam para ser vividos. Agora é a hora e quam sabe talvez um dia, será de preferência o mais rápido possível. Mas estou e sou mais leve. E se o preço da maturidade é esse, eu pago à vista, e coloco uma passagem para o futuro no cartão de crédito.

17
set
09

CUMPRINDO A PROMESSA

Quando comecei esse blog, a promessa era de falar sobre minhas viagens, mas sei lá porque, quando voltei da última, não fui adiante. Fiquei fervendo de calor, meu cérebro derreteu e me dispersei. Hoje, revirando meus pendrives, revi minhas fotos da viagem anterior e, aqui estou eu, louca de saudades de Amsterdam. Cidade que certamente voltarei. É simplesmente linda!!! Como eu estava com dinheiro meio contado, já no final dos dois meses que fiquei em Paris, escolhi ir de ônibus de Paris para Amsterdam. Meus filhotes tinham chegado à Paris no dia anterior. Saímos da casa do meu amigo francês às 6 da manhã de taxi, com malas grandes, coisa que jamais repetirei. Ônibus não é o forte na Europa. A “rodoviária´´ de Paris não é lá essas coisas. Não há poltrona marcada no ônibus, mesmo assim a viagem foi até agradável, pois a paisagem assim que se entra na Holanda é um show. Moinhos e mais moinhos, campos…e muita ansiedade. Umas 5 ou seis horas de viagem, uma parada em Bruxellas, outra no meio do nada, onde almoçamos e lá estávamos nós em Amsterdam.
Muuuuuuuuito frio, pegamos um táxi, 25 euros, até o nosso hotel, reservado pela internet no Booking.com. Super bem localizado, o Hotel de Westertorem foi tudo de bom, apesar dos quatro andares de degraus tortos…Uma quarto pra nós três sob medida, com varanda e frigobar. Tomamos um banho quentinho, daqueles revigorantes, nos embrulhamos e saímos para bater perna na cidade. Uma emoção!!! Nevava lá fora! Já na esquina do hotel, um canal lindo, apesar de congelado. Andamos muito e na volta
encontramos um mercado, que mais parecia um museu. Um prédio lindo! Compramos vinhos, queijos, pães e pastas para o nosso jantar. Difícil foi decifrar do que eram as pastas. Apesar de todos falarem inglês, é tudo escrito, óbvio, em holandês.


No dia seguinte, saímos eu e Carol para descobrir a cidade à luz do dia. Estávamos às vésperas do Natal, mas o movimento, nem de longe lembrava o corre corre característico dessa época. Uma calma absurda, só abalada pelo sino do tram, uma espécie de metrô terrestre. Bicicletas, poucos carros…entramos num pequeno shopping atrás de um mapa da cidade. Em êstase total, fomos passeando até a Centraal Station. No percurso, muitas lojinhas de lembranças, lembranças engraçadas…muitos, digamos pênis de todo tipo de material, cogumelos com bula e tudo, pirulitos de haxixe, muita coisa com a foto do quase símbolo da cidade, a cannabis sativa. Fiquei imaginando, como uma cidade com tanta liberdade, pode ser tão calma. Nenhuma buzina, nenhum engarrafamento, nenhuma confusão. Nada. Paz absoluta.
Os canais são um caso à parte. Lindos, com barcos ancorados, vários deles com gente morando, com direito a jardim.

10
set
09

SAMPA 2


Para completar nossa aventura paulista, estávamos no segundo dia do Restaurant Week Versão SP. Eu tinha visto uma reportagem, que mostrava esse restaurante indiano, e sugeri à Patrícia que fizéssemos um momento gourmet indiano.

O Restaurant Week é um dos mais importantes eventos gastronômicos do mundo. Surgiu há 17 anos em Nova Iorque e hoje acontece em mais de 100 cidades de diversos países.

São Paulo é reconhecida internacionalmente pela sua gastronomia e por abrigar excelentes restaurantes nos quais se pode apreciar o melhor da culinária mundial. O Restaurant Week, que acontece entre 31 de agosto a 13 de setembro, vai mostrar o porque.
A 5a ediçao paulistana do evento que chega prometendo superar as mais positivas expectativas do público e proprietários de restaurantes.

São 202 restaurantes participantes que aceitaram o desafio de criar menus especiais a valores populares. Os menus são compostos por entrada, prato principal e sobremesa com valor fixo para todos os restaurantes: R$ 27,50 no almoço e R$ 39,00 no jantar.

Pesquisamos na internet o endereço e, às 7 e meia, lá fomos nós. O restaurante fica no Paraíso, chama-se Tandoor. Como eu adoro saber os porques, fui pesquisar. Tandoor é um forno, onde as carnes, aves, legumes e pães são colocados em altissima temperatura, o que faz com que as especiarias penetrem profundamente. Uma alquimia que faz com que as carnes desmanchem na boca, com um sabor incomparável.
A entrada, com chutneys maravilhosos, as famosas samossas e o pão indiano, por sí só
já seriam uma refeição, pelo menos para mim. Mas já que estávamos numa experiência, caí de boca no menu. O prato principal estava num buffet self service, o que me fez colocar no prato, algo em torno do dobro do que realmente eu comeria. Um carry de carneiro, outro de frango e arroz com açafrão. Meu prato era digno de um estivador andarilho, de três metros de altura. Por incrível que pareça, mesmo tendo comido, o triplo do que comeria , não terminei a refeição com a barriga do Pandt. A comida é leve. Hare Baba, Baba Baby!!! Uma delícia!!!

05
set
09

SAMPA 1


Há muito não apareço por aqui. Faltaram assuntos, disciplina, e principalmente viagens.
Mas setembro chegou com um calor absurdo e uma viagem que embora de pequena duração, foi extensa em prazer e gargalhadas.
Minha prima querida, minha irmã quase siamesa, é o elemento responsável por estes dias em São Paulo. Já é quase um ritual essa viagem e nos tornamos meio crianças, como quando passávamos os fins de semana na casa de Itacoatiara. Queremos nos divertir, rir e aproveitar a vida.
Tínhamos dois dias, livres, leves e soltas…Nosso único compromisso, seria um encontro de primas, que há muito não se viam.
Antes de partirmos, Patrícia me encumbiu de pensar em algo para fazermos. Ela já morou em São Paulo e eu não imaginava o que poderia ser novidade. Como sempre, debrucei-me na internet, pesquisando o que poderia ser, digamos, inusitado ou no mínimo,diferente. Optei por um destino que apesar de conhecido, eu tinha certeza que ela ainda não tinha ido. Com um calor insuportável batendo às portas, eu estava precisando de algumas peças de roupa adequadas à sauna que vem por aí. No aeroporto, sugeri à Patrícia que fossemos à tal Rua José Paulino, famosa por preços imbatíveis. Eu sinceramente não pensei que ela quisesse comprar nada, sugeri mesmo por achar que era algo novo para conhecer.
Sugetão aceita, chegamos ao hotel, nos instalamos e partimos para a tal rua. Após alguns minutos de viagem, imploramos à motorista que ligasse o ar condicionado. Em São Paulo, não se usa ar condicionado, mesmo depois dos trinta graus.
Chegando ao nosso alvo, percebemos que se tratava de uma aventura. Centenas de roupas de todos os tipos, expostas em centenas de vitrines. Ao contrário do que a descrição possa sugerir, não é um mercadão e, pelo menos nesse dia, não estava lotada. Começamos logo na primeira loja, que na realidade era uma sucessão de boxes, cada qual, com um tipo de roupa. Primeiro momento de emoção. Patrícia pergunta o preço de um blusa verde estampada de flores brancas que segundo nosso conhecimento, poderia custar uns 150 reais…Patricia, boquiaberta com o valor, lançou-me um olhar, meio em pânico, meio incrédulo. Percebi que ela tinha entrado em alfa naquele instante. Arrematou então, uma blusa linda, com brilhos, de festa mesmo, pela bagatela de 25 reais. Euzinha, mais calma, comprei uma bata por 20. Voltamos à calçada um pouco perturbadas. Patrícia parecia tomada por uma ausência, transitava por um limbo…
Continuamos entrando e saindo de lojas, cada vez mais incrédulas com os preços,nos dando ao luxo inclusive, de achar algumas peças muito caras! Até que entramos numa loja onde se lia uma frase decisiva. TUDO A PRECO DE ATACADO. Camisas de shantung, chiquérrimas, a 16 reais. Tudo mais ou menos nessa faixa de preço, até que Patricia se interessou por um casaquinho. Preço? 13 reais. Como assim 13 reais, murmurou Patricia, prestes a convulsionar alí mesmo, diante das vendedoras. Realizada a compra, partimos para as banquinhas de bijuterias, onde adquiri um colar de pérolas por cinco, assim como algumas puseiras, última tendência. Nesta barraca, Patricia em completo estado apoplético, me confidenciou que havia comprado algo parecido por uns 200!!! Para finalizar, comprei duas blusas pretas, por 5 reais cada.
O final da rua, é mais dedicado ao atacado, onde coreanos vendem vestidos maravilhosos de festa por 45 reais.

Patricia resumiu nossa passagem pela José Paulino. É uma experiência.
E a nossa experiência foi o máximo.
No próximo post… nossa aventura indiana.




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