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Re-viajando Barcelona – Madri
Tags: Barcelona Bus, Espanha, Gran Via, Madrid, Mapa turístico de Madrid, Mercado San Miguel, Plaça Mayor, Puerta del Sol, RYANAIR, Stad Madrid
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Ou a minha mala de rodinha, né?
Home sweet home!
Chegamos ontem a Londres, num dia estalando de tão azul e mesmo antes de conseguir arrumar tudo, senti os efeitos da aventura em cada centímetro dos meus músculos! Acho que toda a serotonina da viagem (que sempre é o melhor analgésico que eu conheço) se dissolveu no exato segundo em que vislumbrei um colchão, e uma vez que na minha agenda não havia nada para o dia seguinte, permiti que o cansaço se manifestasse! Foram mais de vinte dias nos extasiando, chegando e partindo, pilotando e arrumando malinhas, desvendando mapas, descobrindo como nos locomover em cada cidade, fotografando e andando… andando muito!
Parc Guell Barcelona
Confesso que toda a vez que monto um roteiro, eu tento (juro!) me controlar. Digo a mim mesma que já sou uma senhora, que não há pressa, que tenho artrite reumatóide, que levantar da cama no dia seguinte de um tour a pé por uma cidade nova e deslumbrante será difícil, etc, etc. Mas a coisa vai crescendo de viagem para viagem e sempre acabo no já que… Já que estou aqui, por que não ir logo alí, já que a pasagem está tão barata e é tão perto! Mas o fato, é que viajando, eu acho que posso tudo! Chegar de madrugada numa cidade completamente desconhecida, percorrer kilômetros com meus pés, descobrir conexões malucas nas linhas dos metrôs, traduzir embalagens nos supermercados, e falar qualquer idioma, mesmo que seja na linguagem dos sinais (e do sorriso).
Palácio de Cristal- Madrid
E agora, em plena quarta-feira de cinzas (láaaa no Brazil), lembro que desfilei em tantas e longas avenidas, subi e desci tantas escadas de estações e aeroportos, passei por securitys, check ins e outs, e de como meu carnaval foi tão deliciosamente diferente de todos os que já passei.
Duomo Milano
Vaticano
Roma
Veneza
Paris
Deu tudo absolutamente certo, (exeto o Trem do Terror de Roma para Veneza). Foram 8 vôos, 6 ônibus de conexão entre aeroportos e o centro das cidades, 3 viagens de trem. muitos ônibus urbanos e linhas de metrô. Nossas malinhas aguentaram firmes, engordaram em Paris (onde por acaso encontrei uma outra malinha que parece mais perfeita e mais leve que a minha, e lógico, serviu para umas comprinhas extras, já que tivemos que nos controlar muito nas liquidações de Barcelona e Madri). E mais uma vez, afirmo, que com pesquisa, uma certa antecedência, muito planejamento e disposição (e desapego), é possível viajar lowcost (principalmente na baixa temporada), sem aniquilar as finanças, se arrepender depois e principalmente, poder planejar novas viagens.
Venezia St Lucia
Com calma, aos poucos, vou contar tudo!Fotos, mapas, locomoção, etc…
Por hora, vou reenergizar minhas baterias, descansar muito, que hoje é quarta-feira de cinzas!
Até!
Até
Barcelona, aqui me tens de regresso!
Tags: BARCELONA, Espanha, Gaudi, las Ramblas
Quem disse que figurinha repetida não preenche álbum? EU! Tenho por princípio, nao repetir cidades, devido ao tamanho do que ainda quero e preciso conhecer. Mas Barcelona me seduziu de tal forma, queria muito trazer Carol e o preço da passagem era tao tentador que aqui estamos nós! além disso, tem o fato de ainda ser inverno e realmente é quase uma outra cidade. Ontem inclusive choveu tanto que eu quase achei que era mesmo uma outra cidade.R morri de saudades do meus queridos amigos, Rafael e Juliana, companheirissimos de viagem, que dividiram comigo a emocao de ver tanta coisa bonita… Mas hoje foi uma festa em azul e o metiterraneo nao me decepcionou. Hoje ja estou super local, andando de onibus e circulando, como se vivesse aqui, ha anos!
Post sem fotos, pois meu dedinho de ouro escolheu um hostal bem baratinho, otima localizacao (Ronda Universita) mas dei nota sete, pois náo consegui conectar meu netbook, e estou em detox de internet. Depois da crise de abstinencia, tenho que postar no meio da recepcao mesmo, cheio de gente falando catalao, espanhol, ingles e bulgaro! E o teclado e um misterio. Entao, aguardem a proxima parada!
Vale!
Ainda Barcelona…
Tags: Aeroporto de Girona, BARCELONA, Barcelona Bus, Espanha, La Boqueria, passeios Barcelona, RYANAIR, Tibidabo
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Se a gente fica deslumbrado com a vista do teleférico de Montjuic, espere até chegar a Tibidabo.
Tibidabo, é uma montanha que se eleva a 512 metros do nível do mar, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade, inclusive de Montjuic. No topo, encontramos um parque de diversões que segundo consta é do início do século XX. E impressionante mesmo é o Templo do Sacrat Cor. Como alguém pode imaginar a construção de uma igreja nesse lugar?
No templo a gente pega um mini elevador (2 euros) e sobe para ter acesso à vista (2 euros). Outra coisa que me chamou a atenção foi a quase completa ausência de turistas. Como minha câmera já tinha se retirado por falta de bateria, pequei algumas fotos, só para se ter uma idéia.
É lindo. Normalmente se chega a Tibidabo por funicular, mas neste dia fomos avisados por uma turista que só os ônibus estavam rodando.
E como nosso último “compromisso”, fomos à Torre Agbar. Com seus 144 metros de altura, projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel, tem na iluminação noturna, seu grande diferencial. Conhecida como El supor (0 supositório, por que será?), dizem que a população de Barcelona, não foi lá muito favorável a sua construção. Rafael, arquiteto de mão cheia, nos levou de metrô, (na maior correria, pois embarcaríamos às 2 para Edinburgh, para conhecermos a protuberância de perto.
Fomos num pé e no outro já estávamos no metrô. Nosso vôo, partiria do Aeroporto de Girona, que fica a 1hora de Barcelona. Pegamos as malinhas que estavam na recepção do Hotel Benidorm, e em Las Ramblas,
onde está o La Boqueria, que merece uma visita.
Numa das barraquinhas, comprei meu tradicional íma de geladeira e perguntei o preço do táxi para a Estació Nord, de onde parte o Barcelona Bus para Girona. Por 6 euros, nem piscamos e entramos num táxi, cujo motorista era apaixonado pelo Rio.
Preço de ticket: 12 euros. Eu adorei o aeroporto de Girona. É um dos poucos que depois que se transpassa aquele ritual coletivo e individual do security, além de lojas, e cafés, tem uma área aberta, onde fumantes inveterados, podem se aliviar, além de ser um ponto antistrees…o povo estava confraternizando neste espaço, com várias taças de vinho.
Ainda bem…pois nosso vôo atrasou muito. Tempo suficiente para chegar a conclusão que Barcelona foi uma das cidades mais impressionantes que eu conheci.
La Sagrada Familia – a emoção
Tags: Antônio Gaudi, BARCELONA, Eixample, Espanha, La Sagrada Família, Modernismo, Neo Gótico, Templo Expiatório da Sagrada Familia
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La Sagrada Família em 1915 (fonte: Wilkmedia Commons)
Tentar explicar a sensação de estar diante ou no interior de uma catedral é muito difícil. Eu sempre fui louca por história, e todas as catedrais tem uma história e tanto. Durante meses eu vivi debruçada sobre textos da Idade Média (em francês, imagine!) e fui me contagiando por tudo que é relativo a construção desses templos. Mas estar diante dessa obra, que no meu imaginário era um gigantesco castelo de areia, foi uma dessas emoções inesquecíveis.
O fato de ser testemunha da construção de uma catedral, já é uma emoção, já que todas que eu visitei até hoje, foram construídas há séculos…. E contribuir para obra, ao visitar seu interior torna a visita mais simbólica.
A construção do templo, foi desde seu início, totalmente financiado por doações, o projeto começou em 1882, e assumido por Gaudí, em 1883, que dedicou 40 anos, sendo 15, os últimos de sua vida.
O templo, quando estiver terminado, terá 3 fachadas: Fachada da Natividade (construída e concluída, sob intervenção direta de Gaudi), a Fachada da Paixão iniciada em 1954, segundo desenhos e explicações deixados por Guadí, e a Fachada da Glória, a maior e a principal, prevista para setembro de 2010. Terá ainda, 18 torres: quatro em cada uma das três entradas-portais, seis torres, com a torre central dedicada a Jesus, de 170 metros de altura, outras quatro ao redor desta, dedicadas aos evangelistas, e um segundo zimbório dedicado à Virgem.
Consta que Gaudí dizia, que o estilo neo-gótico era imperfeito, por causa de suas linhas retas, o que não refletia as linhas da natureza. Assim, Gaudí imprimiu em cada detalhe, seu estilo orgânico, dispensando os arcobutantes, idealizou o uso de colunas em forma de tronco de árvore, que permitem descarregar o peso das cobertas diretamente no chão, solução prática e ao mesmo tempo estética, já que converte o interior das naves do templo num espaço orgânico que se assemelha uma floresta.
Olhando para cima, uma explosão de formas…
A sensação de floresta…
Durante nossa visita ao interior, estávamos testemunhando, ao vivo e a cores a construção desse templo. Trabalhadores, guindastes, andaimes, barulho e poeira.
O mês de setembro de 2010 é apontado para a conclusão do interior e abertura ao culto e visitas, enquanto para a sua consagração está prevista a data de 7 de novembro de 2010.
O término das obras, no entanto, está previsto para 2026.
E confesso que desejo estar lá. Aliás, prometemos os três, voltar a Barcelona para comemorarmos futuras conquistas, como esta de estarmos aqui.
Momentos como esse, ficam impregnados na memória. Chego a sentir o “cheiro de obra” enquanto escrevo.
Eu estava lá… antes da catedral ser concluída. É história! para contar para os netos.
Essa foto, tiramos por cima dos tapumes. A pavimentação ainda está em construção.
Saí de lá completamente emocionada, impressionada e muito mais apaixonada por Gaudí. E humildemente agradeço,a todos que como nós, doando ou visitando, contribuíram para a construção desse templo.
Do lado de fora, um jardim…
Sálvia, orégano, alecrim, lavanda…
E a Fachada da Paixão;
Fachada da Natividade, impressionante!
Fachada da Paixão
O próprio Gaudí descrevia a sua concepção da Fachada da Paixão da seguinte maneira:
” Alguém encontrará esta porta extravagante demais, mais eu quereria que fizesse medo, e para consegui-lo, não pouparei os claros e escuros, os salientes e entrantes, tudo que resulte em tétrico efeito. E mais, estou disposto a sacrificar a mesma construção, a romper arcos e a cortar colunas, para dar a idéia da crueldade do sacrifício.
Mas é nítida a diferença que fez a presença do mestre, a paixão do artista na Fachada da Natividade, e sua ausência na Fachada da Paixão.
A foto abaixo, sinceramente não sei como foi tirada, ou mesmo, se é uma montagem. Não há distância suficiente para esta visão, mesmo assim é linda, e termino esse post, com saudades de um momento totalmente mágico.
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