Posts Tagged ‘Espanha

20
maio
11

Re-viajando Barcelona – Madri

 De Barcelona a Girona, de onde partem os vôos da Ryanair, é simples. É só ir até a Estacion Nord, uma espécie de terminal rodoviário, comprar as passagens do Barcelona Bus, (21 euros ida e volta) em pouco mais de uma hora, chaga-se ao aeroporto.
 Eu simplesmente adoro essa hora. Minutos antes de pegar um vôo para conhecer um novo lugar, quando no quadro aparece o número do portão de embarque. É hora de voar! E de toda a expectativa de chegar a uma nova cidade.
Desta vez, Madrid! Mesmo voando pela Ryanair, que normalmente utiliza aeroportos alternativos, aterrisamos em Barajas, o aeroporto principal da cidade de Madri. Há tempos eu queria conhecer a capital da Espanha, mas sempre acabava adiando. Tantas notícias sobre brasileiros sendo barrados e passando por situações constrangedoras, ao chegar em Madrid, me faziam sempre pensar duas vezes e escolher outros destinos. Mas dessa vez, com nossos passaportes lotados de carimbos, tomei coragem e devo dizer que a pechincha da passagem (10 euros mais 5 de taxas) foi o empurrão que eu precisava.  Acabou que não houve imigração alguma! Saímos diretamente no saguão do aeroporto! Acho que o vôo vindo de Barcelona, é considerado doméstico. Et voilá! Estávamos em solo madrilenho, sem nenhum problema. O aeroporto de Barajas é moderníssimo e enorme, mas muito bem sinalizado e com um quiosque de informações eficiente.
E a forma mais econômica e rápida de chegar ao centro da cidade, é de metrô que tem uma estação dentro do aeroporto.
Dois euros (1 euro de taxa do aeroporto) e você chega rapidinho ao seu destino. É o transporte mais barato ever! Considerando todos os transportes entre aeroportos e o centro das cidades que já peguei.
É facílimo comprar os tíckets nas máquinas de auto atendimento. A estação é limpa, moderna  e praticamente vazia. E andar facilmente por todos os meios de transporte é uma das vantagens de  viajar leve, com pouca bagagem! O hostal havia me mandado por e-mail, as direções e conexões que deveria tomar e lá fomos nós.
Mas a emoção que não tivemos na hora da imigração, tivemos na segunda conexão do metrô, na estação de Nuevos Ministérios.
Não fosse eu uma psicótica, que anda com tudo acorrentado dentro da bolsa, teria ficado sem minha carteira. Contei tudo nesse post aqui.
Aliás, atenção quando for à Espanha, principalmente nas cidades turísticas. Nunca, ninguém vai te apontar uma arma. Mas os golpistas, pickpokcets, batedores de carteira, etc. são treinadíssimos, feras mesmo e famosos por melar a estadia de muitos turistas.  Há várias maneiras de surrupiar sua bolsa, câmera ou carteira. Eu mesma nem senti quando enfiaram a mão na minha bolsa. Felizmente tudo que levaram foi um maço de cigarro de menta. Mas a regra geral é nunca deixar sua bolsa nas costas de alguma cadeira, evitar bololôs de gente, não se distrair com nada e ter sua bolsa sempre à sua frente. Não é a toa que a última moda é bolsa a tiracolo.
Passado o susto,  chegamos finalmente ao Stad Madrid.  Saltamos na estação Gran Via, em plena “shopping area”, movimentadíssima, com prédios deslumbrantes!
Por fora, a localização do hostal era meio tosca. Na realidade o Stad Madrid fica no segundo andar de um edifício comercial e  nosso quarto parecia uma pequeno paraíso, depois do susto do metrô e da chuva torrencial que despencava.
No mapa acima, estão os principais “must see” da cidade. E a Gran Via é um excelente ponto de partida, pois fica bem central. Além disso, se locomover em Madri é facílimo. O metrô é barato e fácil de entender as conexões. O bilhete unitário custa 1 euro, mas nós optamos pelo bilhete de 10 viajens (9,30 euros), que pode ser usado por várias pessoas, e é mais do que suficiente para ir aos pontos turísticos. Há também os bilhetes de abono turístico, que valem para todos os meios de transportes. Mas sinceramente, andar é a melhor maneira de respirar Madri.
Passear pela Gran Via é passear por diversos estilos arquitetônicos.  Começando na Plaza de Cibeles, as construções parecem saídas de Paris  do século XIX.
Edifício Metrópolis
Palácio de la Prensa
Mas é na Plaza Mayor que a gente sente que está em Madri.
Situada bem no centro da cidade, esta praça foi inaugurada em 1620 durante o reinado de Felipe III. Foi palco de muitos eventos, incluindo execuções públicas durante a Inquisição Espanhola.
Placa em homenagem aos mortos do mais grave atentado terrorista da Espanha.
Bem perto, o Mercado San Miguel, é o ponto certo para reabastecer.
Dá água na boca, passear por entre as guloseimas expostas nos stands. Imperdível!
Ande mais um pouquinho pela Calle Mayor e tcharam… Puerta del Sol! É uma outra enorme praça, não menos famosa, linda e  movimentadíssima também.
Pronto! Já estávamos apaixonadas por Madrid!
Tem mais no próximo post! Até!
09
mar
11

Eu moro onde estão meus sapatos…London, I´m back!

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Ou a minha mala de rodinha, né?

Home sweet home!

Chegamos ontem a Londres, num dia estalando de tão azul e mesmo antes de conseguir  arrumar tudo, senti os efeitos da aventura em cada centímetro dos meus músculos! Acho que toda a serotonina da viagem (que sempre é o melhor analgésico que eu conheço) se dissolveu no exato segundo em que vislumbrei um colchão, e uma vez  que na minha agenda não havia nada para o dia seguinte, permiti que o cansaço se manifestasse! Foram mais de vinte dias nos extasiando, chegando e partindo, pilotando e arrumando malinhas, desvendando mapas, descobrindo como nos locomover em cada cidade, fotografando e andando… andando muito!

Parc Guell Barcelona

Confesso que toda a vez que monto um roteiro, eu tento (juro!) me controlar. Digo a mim mesma que já sou uma senhora, que não há pressa, que tenho artrite reumatóide, que levantar da cama no dia seguinte de um tour a pé por uma cidade nova e deslumbrante será difícil, etc, etc. Mas a coisa vai crescendo de viagem para viagem e  sempre  acabo no já queJá que estou aqui, por que não ir logo alí, já que a pasagem está tão barata e é tão perto! Mas o fato, é que viajando, eu acho que posso tudo! Chegar de madrugada numa cidade completamente desconhecida, percorrer kilômetros com meus pés, descobrir conexões malucas nas linhas dos metrôs, traduzir embalagens nos supermercados, e falar qualquer idioma, mesmo que seja na linguagem dos sinais (e do sorriso).

Palácio de Cristal- Madrid

E agora, em plena quarta-feira de cinzas (láaaa no Brazil), lembro que  desfilei em tantas e longas avenidas, subi e desci tantas escadas de estações e aeroportos, passei por securitys, check ins e outs, e de como  meu carnaval foi tão deliciosamente  diferente de todos os que já passei.

Duomo Milano

Vaticano

Roma

Veneza

Paris

Deu tudo absolutamente certo, (exeto o Trem do Terror de Roma para Veneza).  Foram 8 vôos, 6 ônibus de conexão entre aeroportos e o centro das cidades, 3 viagens de trem. muitos ônibus urbanos e linhas de metrô. Nossas malinhas aguentaram firmes, engordaram em Paris (onde por acaso encontrei uma outra malinha que parece mais perfeita e mais leve que a minha, e lógico, serviu para umas comprinhas extras, já que tivemos que nos controlar muito nas liquidações de Barcelona e Madri). E mais uma vez, afirmo, que com pesquisa, uma certa antecedência, muito planejamento e disposição (e desapego), é possível viajar lowcost (principalmente na baixa temporada), sem aniquilar as finanças, se arrepender depois e principalmente, poder planejar novas viagens.

Venezia St Lucia

Com calma, aos poucos, vou contar tudo!Fotos, mapas, locomoção, etc…

Por hora, vou reenergizar minhas baterias, descansar muito, que hoje é quarta-feira de cinzas!

Até!

Até

18
fev
11

Barcelona, aqui me tens de regresso!

Quem disse que figurinha repetida não preenche álbum? EU! Tenho por princípio, nao repetir cidades, devido ao tamanho do que ainda quero e preciso conhecer. Mas Barcelona me seduziu de tal forma, queria muito trazer Carol e o preço da passagem era tao tentador que aqui estamos nós! além disso, tem o fato de ainda ser inverno e realmente é quase uma outra cidade. Ontem inclusive choveu tanto que eu quase achei que era mesmo uma outra cidade.R morri de saudades do meus queridos amigos, Rafael e Juliana, companheirissimos de viagem, que dividiram comigo a emocao de ver tanta coisa bonita…  Mas hoje foi uma festa em azul e o metiterraneo nao me decepcionou. Hoje ja estou super local, andando de onibus e circulando, como se vivesse aqui, ha anos!

Post sem fotos, pois meu dedinho de ouro escolheu um hostal bem baratinho, otima localizacao (Ronda Universita) mas  dei nota  sete, pois náo consegui conectar meu netbook, e estou em detox de internet. Depois da crise de abstinencia, tenho que postar no meio da recepcao mesmo, cheio de gente falando catalao,  espanhol, ingles e bulgaro! E o teclado e um misterio. Entao, aguardem a proxima parada!

Vale!

13
ago
10

Ainda Barcelona…

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Se a gente fica deslumbrado com a vista do teleférico de Montjuic, espere até chegar a Tibidabo.

Tibidabo, é uma montanha que se eleva a 512 metros do nível do mar, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade, inclusive de Montjuic. No topo, encontramos um parque de diversões que segundo consta é do início do século XX. E impressionante mesmo é o Templo do Sacrat Cor. Como alguém pode imaginar a construção de uma igreja nesse lugar?

No templo a gente pega um mini elevador (2 euros) e sobe para ter acesso à vista (2 euros).  Outra coisa que me chamou a atenção foi a quase completa ausência de turistas. Como minha câmera já tinha se retirado por falta de bateria, pequei algumas fotos, só para se ter uma idéia.

É lindo. Normalmente se chega a Tibidabo por funicular, mas neste dia fomos avisados por uma turista que  só os ônibus estavam rodando.

E como nosso último “compromisso”, fomos à Torre Agbar. Com seus 144 metros de altura, projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel, tem na iluminação noturna, seu grande diferencial. Conhecida como El supor (0 supositório, por que será?), dizem que a população de Barcelona, não foi lá muito favorável a sua construção.  Rafael, arquiteto de mão cheia, nos levou de metrô, (na maior correria, pois embarcaríamos às 2 para Edinburgh, para conhecermos a protuberância de perto.

(fonte: Corselet.net)

Fomos num pé e no outro já estávamos no metrô. Nosso vôo, partiria do Aeroporto de Girona, que fica a 1hora de Barcelona. Pegamos as malinhas que estavam na recepção do Hotel Benidorm, e em Las Ramblas,

onde está o La Boqueria, que merece uma visita.

Numa das barraquinhas, comprei meu tradicional íma de geladeira e perguntei o preço do táxi para a Estació  Nord, de onde parte o Barcelona Bus para Girona.  Por 6 euros, nem piscamos e entramos num táxi, cujo motorista era apaixonado pelo Rio.

Preço de ticket: 12 euros. Eu adorei o aeroporto de Girona. É um dos poucos que depois que se transpassa aquele ritual coletivo e individual do security, além de lojas, e cafés, tem uma área aberta, onde fumantes inveterados, podem se aliviar, além de ser um ponto antistrees…o povo estava confraternizando neste espaço, com várias taças de vinho.

Ainda bem…pois nosso vôo atrasou muito.  Tempo suficiente para chegar a conclusão que Barcelona foi uma das cidades mais impressionantes que eu conheci.

08
ago
10

La Sagrada Familia – a emoção

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Ficheiro:Sagrada Familia 1915.jpg

La Sagrada Família em 1915 (fonte: Wilkmedia Commons)

Tentar explicar a sensação de estar diante ou no interior de uma catedral é muito difícil. Eu sempre fui louca por história, e todas as catedrais tem uma história e tanto. Durante meses eu vivi debruçada sobre textos da Idade Média (em francês, imagine!) e fui me contagiando por tudo que é relativo a construção desses templos. Mas estar diante dessa obra, que no meu imaginário era um gigantesco castelo de areia, foi uma dessas emoções inesquecíveis.

O fato de ser testemunha da construção de uma catedral, já é uma emoção, já que todas que eu visitei até hoje, foram construídas há séculos…. E contribuir para obra, ao visitar seu interior torna a visita mais simbólica.

A construção do templo, foi desde seu início, totalmente financiado por doações, o projeto começou em 1882, e assumido por Gaudí, em 1883, que dedicou 40 anos, sendo 15, os últimos de sua vida.

O templo, quando estiver terminado, terá 3 fachadas: Fachada da Natividade (construída e concluída, sob intervenção direta de  Gaudi), a Fachada da Paixão iniciada em 1954, segundo desenhos e explicações deixados por Guadí, e a Fachada da Glória, a maior e a principal, prevista para setembro de 2010.   Terá  ainda, 18 torres: quatro em cada uma das três entradas-portais,  seis torres, com a torre  central dedicada a Jesus, de 170 metros de altura, outras quatro ao redor desta, dedicadas aos evangelistas, e um segundo zimbório dedicado à Virgem.

Consta que Gaudí dizia, que o estilo neo-gótico era imperfeito, por causa de suas linhas retas, o que não refletia as linhas da natureza. Assim, Gaudí imprimiu em cada detalhe, seu estilo orgânico, dispensando os arcobutantes, idealizou o uso de colunas em forma de tronco de árvore, que permitem descarregar o peso das cobertas diretamente no chão, solução prática e  ao mesmo tempo estética, já que converte o interior das naves do templo num espaço orgânico que se assemelha uma floresta.

Olhando para cima, uma explosão de formas…

A sensação de floresta…

Durante nossa visita ao interior, estávamos testemunhando, ao vivo e a cores a construção desse templo. Trabalhadores, guindastes, andaimes, barulho e poeira.

O  mês de setembro de 2010 é apontado para a conclusão do interior e abertura ao culto e visitas, enquanto para a sua consagração está prevista a data de 7 de novembro de 2010.

O término das obras, no entanto, está previsto para 2026.

E confesso que desejo estar lá. Aliás, prometemos os três, voltar a Barcelona para comemorarmos futuras conquistas, como esta de estarmos aqui.

Momentos como esse, ficam impregnados na memória. Chego a sentir o “cheiro de obra” enquanto escrevo.

Eu estava lá… antes da catedral ser concluída. É história!  para contar para os netos.

Essa foto, tiramos por cima dos tapumes. A pavimentação ainda está em construção.

Saí de lá completamente emocionada, impressionada e muito mais apaixonada por Gaudí. E humildemente agradeço,a todos que como nós, doando ou visitando, contribuíram para a construção desse templo.

Do lado de fora, um jardim…

Sálvia, orégano, alecrim, lavanda…

E a Fachada da Paixão;

Fachada da Natividade, impressionante!

Fachada da Paixão

O próprio Gaudí descrevia a sua concepção da Fachada da Paixão da seguinte maneira:

” Alguém encontrará esta porta extravagante demais, mais eu quereria que fizesse medo, e para consegui-lo, não pouparei os claros e escuros, os salientes e entrantes, tudo que resulte em tétrico efeito. E mais, estou disposto a sacrificar a mesma construção, a romper arcos e a cortar colunas, para dar a idéia da crueldade do sacrifício.

Mas é nítida a diferença que fez a presença do mestre, a paixão do artista na Fachada da Natividade, e sua ausência na Fachada da Paixão.


A foto abaixo, sinceramente não sei como foi tirada, ou mesmo, se é uma montagem. Não há distância suficiente para esta visão, mesmo assim é linda, e termino esse post, com saudades de um momento totalmente mágico.Ficheiro:Barcelona Temple Expiatori de la Sagrada Fam lia (2050445207).jpg




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